Publicado em 27/08/2025 às 18h06.

Fechado há 10 anos, antigo Bahia Café Hall tem destino definido pelo Governo

Secretário detalhou ao bahia.ba projeto que deve tornar o equipamento funcional novamente

Otávio Queiroz
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

 

Fechado há dez anos após uma disputa judicial, o antigo Bahia Café Hall, na Avenida Paralela, já tem destino definido. O espaço será transformado em um centro de monitoramento climático e também contará com uma área voltada para a realização de eventos. A informação foi confirmada pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Sodré, em entrevista ao bahia.ba.

Segundo o gestor, o equipamento terá papel estratégico para o acompanhamento de fenômenos ambientais na Bahia. “O espaço será transformado em um centro de monitoramento climático 24 horas por dia, 7 dias por semana. O foco será acompanhar incêndios florestais, secas, enchentes e questões relacionadas à fauna e ao meio ambiente em geral”, explicou.

Além do monitoramento, Sodré revelou que o projeto prevê um novo acesso interligando diretamente a Paralela ao Parque de Pituaçu, facilitando a chegada dos visitantes, sobretudo por meio do metrô e da ciclovia. “Isso vai permitir que as pessoas cheguem ao parque por um acesso mais prático e integrado ao transporte público”, destacou.

Projeto e prazos

Questionado sobre a demora para a definição do destino no espaço, o secretário afirmou que a demora para a definição do futuro do espaço não ultrapassou um ano e meio após a Secretaria do Meio Ambiente receber aval para usufruir do local. “Quando o contrato de estudo de concessão com o BNDES não foi renovado, essa área ficou sem definição imediata. A partir daí, trabalhamos em um novo projeto para destinar o espaço”, disse.

Apesar da definição, o início das obras ainda depende de ajustes internos na gestão estadual. “O prazo está vinculado à definição orçamentária dentro do governo. Mas a previsão é iniciar as obras no primeiro semestre de 2026”, completou o secretário.

Disputa judicial e decadência

O Bahia Café Hall encerrou as atividades em 2015, após uma longa disputa judicial entre o governo do Estado e os administradores do espaço. O impasse começou em 2010, quando a Caixa Econômica Federal questionou o valor do aluguel de R$ 7 mil pagos mensalmente, muito abaixo do valor de mercado. O reajuste recomendado elevava o montante para R$ 39 mil, o que gerou uma cobrança de R$ 2,2 milhões em atrasados.

Na tentativa de manter a casa de shows, o então gestor Guilardo Lopes Filho propôs, em 2014, pagar R$ 40 mil mensais, mas o acordo não foi aceito. Desde então, o imóvel, com 1 mil metros quadrados e capacidade para 2.200 pessoas, ficou sem uso oficial. Nos últimos anos, a entrada do antigo espaço se transformou em um ponto gastronômico informal, com venda de churrasco, acarajé e feijoada aos fins de semana.

Otávio Queiroz

Soteropolitano com 7 anos de experiência em comunicação e mídias digitais, incluindo rádio, revistas, sites e assessoria de imprensa. Aqui, eu falo sobre Cidades e Cotidiano.

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