Publicado em 17/06/2025 às 08h43.

Grupo especializado em crimes contra instituições financeiras é alvo de operação

Mandados judiciais são cumpridos na capital baiana, Região Metropolitana de Salvador (RMS) em São Paulo e interior paulista

Redação
Foto: Flávia Vieira/SSP

 

A Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF), a área de Segurança Empresarial da Caixa Econômica Federal (CEF), a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), a Força Correcional Especial Integrada – FORCE/SSP/BA e a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) deflagraram, nesta terça-feira (17), uma operação para desarticular grupo criminoso vinculado à organização criminosa paulista, responsável por crimes praticados em desfavor da instituição financeira, mediante restrição da liberdade de funcionários e arrombamentos de caixas eletrônicos em Salvador. Batizada de Krampus, a ação busca cumprir mandados judiciais.

Foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva, 15 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal, a indisponibilidade de valores, bens e direitos correspondentes a R$ 13 milhões e a suspensão de atividades econômicas de empresa, pelo Juízo da 17ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia, os quais foram cumpridos em Salvador, Lauro de Freitas, São Paulo, e também no interior paulista em Santo André, Barueri e Cotia.

O caso começou a ser investigado após três eventos criminosos que aconteceram em Salvador, nos dias 1º de maio de 2023, 5 de outubro de 2024 e 25 de dezembro de 2024. A PF constatou que a agremiação criminosa métodos semelhantes em todas as situações, uma vez que atuou unicamente em horários de menor movimento, quando as agências bancárias estavam fechadas e as ruas desertas, resultando num reduzido efetivo policial. Além disso, observou-se que houve a participação de, pelo menos, um ex-vigilante da empresa de segurança prestadora de serviços da Caixa que facilitaram as ações criminosas.

Ainda segundo as apurações, os investigados utilizaram pessoas físicas e jurídicas como
“laranjas” para majorar o capital social de “empresa de fachada” e, dessa forma, ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores angariados, com o propósito de desvincular esses ganhos financeiros dos crimes antecedentes.

A operação recebeu o nome Krampus em razão de que o último crime aconteceu no Natal. Krampus representa o oposto do Papai Noel, visto que a encantadora figura do idoso distribui presentes às crianças durante a festividade natalina, recompensando-as por seu bom comportamento ao longo do ano. Enquanto Krampus vem para castigar aquelas que não se comportaram bem.

A investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos e fatos conexos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados poderão pegar penas máximas
que, somadas, podem ultrapassar 100 anos de prisão.

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