Interdição de prédio da UFBA é alvo de denúncia; vice-reitor garante que não há riscos

A interdição do Pavilhão de Aulas da Federação (PAF V) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi alvo de críticas do professor de direito e advogado, Rodrigo Moraes. Além do equipamento, o docente também subiu o tom contra a gestão do vice-reitor da universidade, Penildon Filho.

Na postagem foi feita no Instagram nesta sexta-feira (25), o docente afirmou que o PAF V ‘encontra-se em estado deplorável’. Conforme a publicação, não só prédio em questão passa por dificuldades. Segundo ele, a Faculdade de Direito também está ‘sucateada’.

Rodrigo enfatizou que o vice-reitor ‘minimizou o sucateamento da UFBA’. “Seja independente. Pare de se comportar como um garoto propaganda do governo federal. É triste ver tanta pusilanimidade”, diz um trecho da publicação.

O portal bahia.ba entrou em contato com o vice-reitor da UFBA, que preferiu não comentar sobre a postagem. “Não entendi a postagem do professor”, resumiu.

Questionado sobre a situação de momento do PAF V, Penildon ressaltou que não há riscos de desabamento e ressaltou o trabalho realizado pela gestão, que tem buscado investir na universidade, com o objetivo de dar conforto aos alunos e professores.

Ele esclareceu que não há risco de desabamento no PAF V e garantiu a segurança dos alunos que frequentam o equipamento. O vice-reitor afirmou ainda que a área comprometida foi sinalizada pela Superintendente de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sumai).

“O prédio não tem absolutamente nenhum risco de desabamento. Existe apenas o risco de descolamento de um reboco na frente do prédio, mas o prédio está funcionando normalmente, tem aula e tem um lado técnico sobre isso. As aulas acontecem normalmente e os alunos podem ficar seguros em relação a isso. Basta eles seguirem o que está ali. Nós só fizemos isolar a circulação de pessoas na frente do prédio, onde tem o risco de descolamento de um reboco”, explicou.

Nota da Sumai

A nota técnica emitida pela Sumai determinou algumas ações imediatas que já foram tomadas pela gestão ‘diante do risco identificado, em caráter emergencial’ e que ‘serão executadas ações preventivas’.

O comunicado reforça ainda que, durante a vistoria técnica, realizada no dia 23 de julho, não foram observados indícios de risco de ruptura estrutural na
edificação. Por prevenção, foram tomadas as seguintes medidas:

– O isolamento do entorno da edificação, por meio de barreiras físicas e sinalização adequada, de forma a impedir o tráfego de pessoas nas áreas sob risco de queda de material;
– A manutenção de um único ponto de acesso controlado à edificação, devidamente sinalizado e protegido;
– A instalação de bandejas protetoras sobre o ponto de acesso autorizado, a fim de resguardar a segurança de quem circula sob a fachada.

Verbas do PAC

O vice-reitor informou que as obras estão ocorrendo em todas as áreas da universidade. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal destinou R$ 50 milhões para UFBA.

Esses recursos serão aplicados na retomada das obras de unidades de ensino, salas de aula e biblioteca. “A universidade tem dificuldades, mas nós estamos brigando, estamos melhorando uma série de aspectos”, pontuou.

Penildon afirmou os processos licitatórios para a contratação de empresas especializadas em engenharia já estão em andamento, para contratação das empresas que serão responsáveis pela execução das obras autorizadas.

Reformas

– Escola de Música, no campus de Ondina;
– Reformas das salas de aula do Complexo de Física e Química;
– Pavilhão administrativo do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências, ampliação;
– Reforma da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia;
– Biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.

De acordo com Penildon, além das cinco obras já citadas, a UFBA também está investindo mais de R$ 130 milhões nas obras dos dois hospitais da UFBA: o Hospital Universitário Professor Edgard Santos e a Maternidade Climério de Oliveira.