Publicado em 24/10/2025 às 14h26.

Operação apreende mais de 500 kg de carne clandestina e interdita açougues

Ação mobilizou cerca de 100 profissionais, entre eles 16 equipes da Polícia Civil, além de agentes da Vigilância Sanitária e da ADAB

Redação
Foto: ASCOM PCBA

 

A Polícia Civil  prendeu um homem e apreendeu mais de meia tonelada de carne com indícios de origem clandestina durante a Operação AGRO II, deflagrada nesta sexta-feira (24). A ação, conduzida pela 37ª Delegacia Territorial (São Sebastião do Passé) e pelo Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), também resultou na interdição de dois açougues em Salvador.

A operação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa envolvida em furto de gado e na venda de carne irregular. Foram cumpridas medidas judiciais em bairros como Cajazeiras XI, Marechal Rondon, Nova Brasília, Plataforma, Lobato, Mata Escura, Paripe e Arenoso.

Durante a ação, um dos alvos teve mandado de prisão cumprido. A Vigilância Sanitária de Salvador e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) apreenderam mais de 500 quilos de carne sem comprovação de procedência, armazenada de forma inadequada. O material será destruído para evitar riscos à saúde pública.

Além das apreensões, dois açougues em Cajazeiras foram interditados e um terceiro teve câmaras frigoríficas lacradas após constatação de graves irregularidades sanitárias e fiscais.

A operação mobilizou cerca de 100 profissionais, entre eles 16 equipes da Polícia Civil, além de agentes da Vigilância Sanitária e da ADAB. Para o coordenador do Depom, delegado Edilson Magalhães, a ação reforça a importância do combate a crimes que afetam a saúde da população.

“A Operação AGRO II é fundamental. Não se trata apenas de roubo de gado, mas de um grave crime contra a saúde pública. Retiramos de circulação uma grande quantidade de carne sem qualquer controle, que vinha sendo distribuída em açougues, colocando em risco a vida dos consumidores”, afirmou Magalhães.

O delegado titular da 37ª DT de São Sebastião do Passé, Marcos César da Silva, alertou para os riscos do consumo de produtos com preços muito abaixo do mercado.

“Essa é, muitas vezes, a primeira indicação de que o produto não tem procedência legal e foi obtido por meio de abigeato e abate clandestino. Esses produtos não têm inspeção veterinária, podem estar contaminados e violam todas as normas de segurança alimentar”, destacou.

A Polícia Civil segue com diligências para identificar e prender outros integrantes da organização criminosa. As contas bancárias dos investigados também foram bloqueadas, como parte das medidas de descapitalização do grupo e ressarcimento às vítimas.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Settings ou consulte nossa política.