Publicado em 07/05/2025 às 10h51.

PF deflagra operação contra grupo que enviava drogas à Europa com uso de ‘mulas’

Cerca de 100 policiais federais e integrantes do GAECO/MPF cumpriram 21 mandados de busca e apreensão em residências

Redação
Foto: Divulgação/PF

 

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (7) a segunda fase da Operação Tropeiros, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por tráfico internacional de drogas para a Europa. A ação foi realizada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).

Cerca de 100 policiais federais e integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPF) cumpriram 21 mandados de busca e apreensão em residências, empresas, casas de câmbio e um escritório de advocacia nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói (RJ), São Paulo, Campinas (SP) e Salvador (BA). Também foram executadas ordens de sequestro de bens, bloqueio de valores, entrega de passaportes e proibição de os investigados deixarem o país.

Segundo a PF, a investigação é um desdobramento da primeira fase da operação, deflagrada em novembro de 2022, e utilizou dados obtidos por meio da quebra de sigilos bancários e análise de materiais apreendidos. A quadrilha é suspeita de atuar no envio de cocaína para a Europa utilizando “mulas” — pessoas aliciadas para transportar a droga escondida em malas e mochilas adaptadas.

De acordo com as investigações, o grupo contava com a participação de empresários, doleiros, um advogado e um gerente de instituição financeira. As “mulas” recebiam instruções para entregar os entorpecentes a contatos da organização no exterior, responsáveis pela venda das drogas no mercado europeu.

A PF identificou ainda movimentações financeiras suspeitas que somam cerca de R$ 10 milhões, possivelmente ligadas à lavagem de dinheiro.

As investigações começaram após a prisão em flagrante de uma jovem no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, em 2022. Ela foi flagrada com 3,2 kg de cocaína escondidos no forro da bagagem e pretendia embarcar para Horta, em Portugal.

Os investigados podem responder por tráfico internacional de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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