Publicado em 22/09/2023 às 13h22.

Poderio bélico e ramificação de facções refletem escalada da violência, diz Werner

Secretário de Segurança da Bahia voltou a defender intensificação de operações contra o crime organizado

Alexandre Santos
Foto: Jamile Amine/bahia.ba

 

 

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, afirmou que a escalada de violência no estado ocorre diante do poderio bélico das facções criminosas e da ramificação de suas lideranças pelo país. Segundo Werner, somente neste ano, mais de 4 mil armas de fogo foram apreendidas pelas polícias baianas —dentre as quais, 48 fuzis.

“As facções na Bahia, com uma dinâmica importada de outros estados da federação, têm demonstrado poder bélico. Isso se reflete no grande número de armamentos apreendidos neste ano. Em razão das ações das forças de segurança, nós conseguimos tirar de circulação mais de 4 mil armas de fogo, uma média de 15 armas de fogo por dia. Quarenta e oito fuzis foram retirados de circulação em razão disso”, disse o secretário em entrevista ao jornal Bahia Meio Dia, da TV Bahia.

De acordo com o secretário, diante do poder de fogo dos criminosos, cerca de 200 viaturas foram alvejadas durante patrulhamentos ostensivos nos últimos dois anos. No mesmo período, afirma Werner, 130 policiais ficaram feridos nessas investidas.

Questionado sobre a atual crise na segurança, Werner voltou a defender operações como a deflagrada na manhã desta sexta-feira (22), em Águas Claras. Na ação, seis suspeitos foram mortos pela polícia sob suspeita de homicídios e tráfico de drogas naquela região. Outras 15 pessoas — entre homens e mulheres— foram detidas na mesma operação. Desde a morte do agente federal Lucas Monteiro Caribé, na última sexta (15), no bairro de Valéria, 20 suspeitos de homicídio e tráfico de drogas foram mortos em confronto com a polícia.

“A gente vem intensificando as operações, trabalhando contra o crime organizado e contra as facções no estado da Bahia. Temos trabalhado muito, desde que chegamos à pasta, em ações não só de combate às facções mas também para alcançar as lideranças das facções”, disse o secretário.

O titular da pasta de Segurança disse que a ramificação de lideranças criminosas para outros estados é um problema nacional. “Essa dinâmica do crime não só em relação local, mas com ramificações e esconderijos em outros estados da federação. Então a gente precisa unir forças “, declarou Werner, ao citar a importância da integração entre as polícias Civil, Militar, Federal, com apoio do Judiciário e do Ministério Público.

Ao mencionar investimentos feitos na segurança pública, Werner disse que está prevista a chegada de novos fuzis entre outros armamentos de “primeira qualidade”

“As facções criminosas, fique claro, são as responsáveis pela maioria da violência que a gente vive. E não oprime o policial. Oprime a pessoa de bem, que vive naquela comunidade”, disse o secretário.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.