Publicado em 16/11/2023 às 08h23. Atualizado em 16/11/2023 às 11h59.

Polícia conclui inquérito sobre morte de Bernadete Pacífico; 5 suspeitos são denunciados

Quatro homens são aprontados como integrantes de facção criminosa de tráfico de drogas

Alexandre Santos
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apura a morte de Bernadete Pacífico, executada a tiros em agosto deste ano, em Simões Filho, região metropolitana de Salvador. Cinco pessoas foram denunciados pelo Ministério Público (MP-BA) por homicídio qualificado por motivo torpe, de forma cruel, com uso de arma de fogo e sem chance de defesa da vítima. Quatro deles são apontados como integrantes de facção criminosa de tráfico de drogas. A Promotoria ofereceu denúncia à Justiça na segunda-feira (13).

Um sexto envolvido foi indiciado em um segundo inquérito, também concluído pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os procedimentos foram encaminhados para a Justiça na quinta-feira (9).

Os detalhes sobre a investigação do caso foram divulgados nesta quinta-feira (16), em coletiva de imprensa concedida pelo secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, pela delegada-geral Heloísa Campos de Brito, pela diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Andréa Ribeiro, e pelo promotor Luís Neto, coordenador do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).

A entrevista ocorreu na sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

A ialorixá de 72 anos, mais conhecida como Mãe Bernadete, foi assassinada por homens armados que invadiram sua casa, na comunidade de Pitanga dos Palmares. Naquela noite, ela estava com os netos, que foram colocados em um quarto. Para Jurandir Wellington Pacífico, filho de Bernadete Pacífico, a mãe foi vítima de um crime de mando, pois recebia ameaças havia pelo menos seis anos.

Dois suspeitos de envolvimento no crime já estão presos, enquanto outros três continuam foragidos — um deles é alvo de quatro mandados de prisão.

Na semana passada, o jornal Folha de S. Paulo informou que os herdeiros da líder quilombola contrataram peritos particulares para revisar todo o trabalho de perícia no local em que ela foi assassinada. Os profissionais irão analisar o laudo de sua morte e os protocolos de proteção que vinham sendo adotados antes da execução da ialorixá. A Polícia Federal também abriu uma investigação à parte.

Questionado sobre a decisão da família, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) disse confiar na investigação da Polícia Civil.

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