Publicado em 13/03/2025 às 12h02.

Prefeito nega negligência em caso de mulher morta em UPA após crise de falta de ar

Bruno Reis diz que paciente de 42 anos recebeu "atendimento imediato"; familiares relatam descaso de funcionários

Leandro Aragão / Alexandre Santos
Foto: Leandro Aragão/bahia.ba

 

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) negou nesta quinta-feira (13) que a morte de uma mulher na UPA do bairro do Pau Miúdo tenha ocorrido por negligência de funcionários. Diferentemente da versão de familiares, que relataram descaso, o prefeito diz que houve “atendimento imediato” à paciente.

Adnailza Souza Santos, 42, chegou à unidade por volta das 17h20 da última terça (11) com crise de falta de ar. Segundo parentes, ela era asmática e precisava de um cilindro de oxigênio. A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) diz ter aberto uma investigação para apurar o caso.

“A gente luta para evitar morte diariamente nessa cidade. Ela teve um atendimento de imediato. Não houve problema nenhum de falta de oxigênio. Mas, infelizmente, não resistiu, e nós lamentamos muito a perda de uma vida. Mas está aí à disposição da imprensa todo passo a passo. O minuto que ela chegou, o tempo que ela foi atendida e o tempo de cada procedimento registrado pelas câmeras, que são utilizadas nas UPAs justamente para a gente poder fiscalizar e cobrar a organização social que presta o serviço”, declarou Bruno Reis em coletiva de imprensa.

O prefeito se refere a imagens de câmeras de segurança divulgadas posteriormente pela SMS. “As imagens do atendimento na UPA, inclusive nós distribuímos para toda a imprensa com o fluxo do atendimento, desde a hora da chegada”, disse.

Filmagens feitas por familiares da vítima, no entanto, mostram a mulher passando mal na recepção da UPA. “Eu preciso de oxigênio. […] Doutor, libera oxigênio aqui”, repetia a mulher.

Durante o registro, a assistente social e o médico plantonista são chamados, mas ninguém aparece para atendê-la até então. Dois policiais militares apenas observam a cena, conforme essas imagens.

Parentes de Adnailda afirmam que ela só teria recebido atendimento 3h depois de ter chegado ao local.

Segundo a SMS, “foram 46 minutos de tentativas de ressuscitação, com tempo total de atendimento de 01 horas e 08 minutos”.

 

 

 

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