Publicado em 17/09/2020 às 13h15.

Prefeitura estuda desmobilizar e reverter leitos de UTI Covid em Salvador, diz ACM Neto 

Na última terça-feira (15), o governado Rui Costa anunciou a desmobilziação de alguns leitos da rede estadual

Eduardo Dias
Foto: Divulgação/ Ascom HGRS
Foto: Divulgação/ Ascom HGRS

 

A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), destinados exclusivamente a pacientes infectados com a Covid-19 em Salvador está entre 37% e 39%. Com isso, o prefeito ACM Neto disse na manhã desta quinta-feira (17) que a prefeitura já estuda a desmobilização e reversão desses equipamentos de forma gradual. A fala do prefeito ocorreu na inauguração do Prato Amigo, em Brotas.

Segundo Neto, com a desmobilização e reversão, os quipamentos podem passar a ser utilizados para outras enfermidades. Na última terça-feira (15), o governado Rui Costa anunciou que a rede estadual de Saúde realizou a desmobilização de alguns leitos.

“Vamos começar desmobilizar alguns leitos nossos. Num primeiro momento, vamos fazer a reversão daqueles que estão instalados em hospitais que não são os de campanha. Eles deixarão de ser leitos de UTI para pacientes de Covid, e passam para pacientes não covid, que padecem de outras doenças. Isso já começou a acontecer, no Hospital Municipal, nos filantrópicos”, explicou ACM Neto, que revelou que a prefeitura já estuda também a desmobilização dos leitos nos hospitais de campanha da rede muncipal.

“Estamos fechando um plano de desmobilização dos nossos hospitais de campanha também. Ainda não está definida as datas, mas já estamos discutindo a previsão de desmobilização, sempre com uma margem para que não haja risco de colapso. Tudo isso requer uma análise diária e um cuidado absoluto”, disse.

Neto fez questão de deixar claro que, apesar do governo e prefeitura realizarem a desmobilização e reversão dos leitos, não significa que os cuidados com a Covid-19 devam acabar.

“Não se pode ter um leito por tanto tempo desocupado porque ali tem dinheiro público para manter o hospital funcionando. Mas, depois que se tem uma taxa sob controle, é natural que haja essa desmobilização, ou conversão. Outra coisa, não é porque vai começar a desmobilizar os leitos de covid que significa que o problema já passou. A doença está aí. O problema não acabou, ele está aí e é grave. Agora, tendo a taxa de ocupação das UTI’s sob controle, dá para começar a pensar”, explicou o prefeito.

Neto revelou ainda que a atuação da prefeitura no combate ao coronavírus segue em conjunto com o governo do Estado e que, se depender dele, durará até o fim da pandemia.

“Vai ser feito um trabalho conjunto entre Estado e município, nós tratamos a rede hospitalar de uma maneira única. Não interessa se é o HGE, o Roberto Santos, Couto Maia ou o Santa Izabel, que é contratualizado com a prefeitura, a gente enxerga tudo de uma única forma. As equipes continuam conversando, as regulações continuam se entendendo e assim ocorrerá, no que depender de mim, até enquanto continuar a pandemia”, finalizou.

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