Publicado em 20/11/2015 às 19h24.

Projeto Diversidade de Rua é lançado em Salvador

Garantir cidadania a grupos sociais marginalizados como a população de rua e profissionais do sexo é o o objetivo da iniciativa

Rebeca Bastos
Wyllys: "exclusão"
Wyllys: “Momento perigoso para a democracia”

 

O auditório da Defensoria Pública do Estado esteve lotado para o lançamento do Projeto Diversidade de Rua, nesta sexta-feira (20). Delineado pelo Movimento de População de Rua, Defensoria Pública, o projeto vai atuar na proteção e defesa dos direitos de mulheres, LGBTs e profissionais do sexo que estejam em situação de rua e vulnerabilidade.

Convidado a palestrar no lançamento do projeto, o deputado federal Jean Wyllys, começou a sua fala refletindo sobre as desigualdades como geradora das principais injustiças sociais do país e destacou a importância de medidas de educação e inclusão social como remédio para curar a “epidemia de burrice que assola o Brasil”. O deputado sinalizou ainda para os perigos que o momento conturbado pelo qual passamos é perigoso para a democracia.

Formado por uma equipe multidisciplinar capacitada para trabalhar com abordagens na rua, o projeto inclui ainda a criação do Observatório Diversidade Pop Rua – grupo de pesquisa permanente, vinculado à Escola Superior da Defensoria Pública da Bahia (Esdep) e à Especializada de Proteção aos Direitos Humanos, com a função de coletar, analisar e divulgar dados públicos não sigilosos obtidos pela Equipe Pop Rua, relacionados principalmente às formas de violência de gênero sofrida pela população em situação de rua e o perfil dos agressores.

Marcas da exclusão- Presente no evento, a ouvidora da Defensoria Pública e ativista da causa negra, Vilma Reis, ressaltou a importância do Diversidade de Rua para garantir minimamente acesso a cidadania a este grupo social que só acha exclusão. “Mais do que um projeto essa iniciativa é um grito desses movimentos sociais formados por pessoas marginalizadas e que antes de estar no contexto marginalizado de rua já tentaram de tudo”, resume a ativista.

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