Publicado em 12/05/2025 às 19h50.

Rodoviários têm semana decisiva e aponta indicativo de greve já na próxima semana, afirma Mota

A categoria tem duas reuniões importantes essa semana: uma na quinta (15) com os rodoviários e na sexta (16), eles se reúnem no MTE

Neison Cerqueira
Foto: Reprodução/Instagram

 

O Sindicato dos Rodoviários tem uma semana decisiva para bater o martelo em torno de a categoria entrar em estado de greve a partir da próxima semana. A possibilidade foi confirmada ao bahia.ba pelo Diretor de Comunicação, Daniel Mota. A categoria pede reajuste salarial de 5%, revisão do ticket alimentação e redução da jornada dos profissionais.

Os rodoviários têm duas reuniões importantes essa semana. Primeiro, eles irão se reunir na quinta-feira (15) para debater a suspensão dos serviços. Já na sexta-feira (16), uma reunião está marcada para acontecer com representantes do Ministério de Trabalho e do Emprego (MTE).

Questionado pelo bahia.ba sobre o andamento das negociações com os empresários, Mota revelou que a pauta de reivindicação foi entregue há mais de um mês. “Olha, o que o sindicato tem a dizer, é que nós temos mais de um mês de negociação com os empresários. A pauta foi entregue lá no final do mês de março. Quer dizer, o tempo inteiro as empresas trabalham com a ideia de, ao invés de colocar uma proposta que resolva o problema, eles só criam um problema. Fazem uma contrapauta, tirando o domingo, discutindo o retorno do banco de horas e ampliando o contrato parcial. Enfim, isso é uma proposta”, pontuou o rodoviário.

Daniel explicou que, devido a morosidade das tratativas com os patrões, a categoria respondeu com manifestações. A expectativa é de que haja um desfecho após o encontro e mediação no MTE. “Agora que vai acontecer uma reunião no MTE para ver se a gente surge um horizonte, para ver se a gente causa menos expectativa, que a greve não é boa para ninguém, nem para a gente, nem para a sociedade, muito mais para a imprensa e para os empresários”, destacou.

“A gente acha que se encontrar uma saída, achei importante [a reunião] no Ministério do Trabalho e Emprego, porque realmente as reuniões sempre sinalizam que a pedida nossa, que é um reajuste acima da inflação de 5%, de ganho real, mas a gente não tem nada. Talvez surja [contraproposta] no MTE, alguma proposta que possa vir à greve. Mas fora disso, a gente está preparado para pensar e fazer por onde se tiver. Se não tiver proposta, vai morrer na greve mesmo, que faz tempo que ocorreu isso”, indicou Mota.

O diretor afirmou ainda que a categoria está “ampliando o debate da construção de algumas pautas que as empresas não fizeram, que é exatamente a redução da jornada de trabalho”. “Do nosso ponto de vista, continua ainda a expectativa. A gente quer trabalhar essa ideia e reduzir alguma parte da proposta e tentar avançar em algumas coisas sociais para os trabalhadores”, concluiu o Daniel.

Neison Cerqueira

Jornalista. Apaixonado por futebol e política. Foi coordenador de conteúdo no site Radar da Bahia, repórter no portal Primeiro Segundo e colunista nos dois veículos. Também atuou como repórter na Superintendência de Comunicação da Prefeitura de Lauro de Freitas.

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