Salvador sedia evento internacional de hidrogênio nesta semana

Alinhado às estratégias globais de descarbonização e transição das matrizes energéticas, o Senai Cimatec, em Salvador (BA), sedia, nestas quinta e sexta, 21 e 22 de novembro, o 4º Fórum Internacional do Hidrogênio. Patrocinado pelo Banco do Nordeste, o evento reunirá os setores público e privado para conhecer as principais tecnologias, tendências e oportunidades do setor do hidrogênio no país e no mundo.

O marco regulatório do hidrogênio foi sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em agosto, e estabelece as principais diretrizes para a nova cadeia industrial e as regras para a produção, comercialização e uso do combustível verde como fonte de energia limpa e sustentável.

O evento é organizado pelo grupo FRG Mídias e Eventos, em parceria com o Governo da Bahia, e contará com palestrantes internacionais e temas relevantes, como o papel do hidrogênio de baixo carbono na transição energética e a implantação de políticas públicas para o setor.

A Bahia é o segundo estado do Nordeste a sediar o evento. As edições anteriores aconteceram em Fortaleza (CE), Sorocaba (SP) e Belo Horizonte (MG). O 4º Fórum Internacional de Hidrogênio inclui na programação debates sobre os desafios e oportunidades da cadeia de suprimentos, mobilidade e logística de transporte, descarbonização da nova indústria brasileira e apresentação de cases globais.

De acordo com o pesquisador do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), Francisco Diniz, a transição energética traz consigo enormes oportunidades e o Nordeste pode se beneficiar de forma significativa desse processo.

“Graças ao enorme potencial eólico e solar e às suas vantagens comparativas para a produção de energia elétrica com o uso dessas fontes, os estados nordestinos têm atraído players globais e nacionais para implantar os seus projetos de hidrogênio verde”, destaca.

“Riscos e desafios na visão do investidor financiador”. Ele comenta que para viabilizar as plantas de hidrogênio verde, serão necessários outros investimentos em toda a sua cadeia de valor. “Será necessário investir em novos parques eólicos e fotovoltaicos, em redes de transmissão, no transporte e no armazenamento de hidrogênio e de amônia, na adequação de portos e na adaptação das indústrias para o uso do hidrogênio verde, dentre numerosos outros itens”, acrescenta.

O Banco do Nordeste investiu mais de R$ 40 bilhões em projetos de energia sustentável em sua área de atuação nos últimos 8 anos e, de acordo com o pesquisador, a intenção é tornar a região estratégica quanto ao tema.

“O BNB envidará todos os esforços para que os estados de sua área de atuação sejam importantes hubs de hidrogênio verde e as indústrias regionais se adequem à fabricação de produtos verdes”, pontua Diniz.