Publicado em 12/06/2025 às 11h37.

Secretaria de Saúde diz que contrato investigado pela PF por desvio foi encerrado em 2019

Pasta informou ainda que o servidor público alvo da operação é concursado e atuava, à época, como gestor fiscal do contrato

Redação
Foto: Lucas Moura/Secom PMS

 

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (12), a operação Dia Zero para apurar o desvio de cerca de R$ 100 milhões em recursos públicos destinados à saúde em Salvador. A ação investiga suspeitas de fraudes em contrato firmado entre a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e uma organização social, com atuação na área de Tecnologia da Informação.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador afirmou que a investigação se refere ao Contrato nº 193/2013, firmado com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) e que teve vigência entre outubro de 2013 e outubro de 2019. A pasta informou ainda que o servidor público alvo da operação é concursado e atuava, à época, como gestor fiscal do contrato.

Segundo a PF, o contrato previa serviços de apoio técnico para acesso aos serviços de saúde do município e teria sido mantido por quase dez anos, com pagamentos realizados inclusive sem cobertura contratual. A operação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nos municípios de Salvador, Mata de São João e Itapetinga (BA), além de Maceió (AL). A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados, que incluem servidores públicos, e autorizou o afastamento de ocupantes de cargos públicos.

A SMS declarou que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos e fornecer documentos solicitados no âmbito da operação. A secretaria também reiterou o compromisso com a legalidade, a ética e o respeito às instituições.

Os investigados podem responder por crimes como fraude à licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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