Publicado em 21/01/2020 às 21h00.

Um mês após chacina, motoristas de apps continuam inseguros

Para porta-voz da categoria, "tragédias podem voltar a acontecer caso empresas não adotem medidas de segurança"

Rayllanna Lima
Foto: Rayllanna Lima/bahia.ba
Foto: Rayllanna Lima/bahia.ba

 

Mais de um mês após quatro motoristas que atuavam com aplicativos de transporte serem mortos em chacina na localidade de Santo Inácio, no bairro de Mata Escura, a categoria continua clamando por medidas de segurança na área.

Nesta terça-feira (21), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou e pediu a prisão preventiva de um dos acusados de participar da chacina. Benjamim Franco da Silva Santos, que também responde pelos nomes de Amanda ou Franklin, encontra-se sob custódia na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Salvador.

Em entrevista ao bahia.ba, o presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter-BA), Átila Santana, disse que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) “mostrou resposta” na identificação e busca dos autores do crime, mas que “tragédias podem voltar a acontecer caso as empresas não adotem as normas de segurança”.

“A categoria sente que a justiça está sendo feita. Na verdade, o que a gente queria era que esse elemento também fosse abatido, fosse morto, como todos os outros quatro mortos, psicopatas. Mas foi preso. A Secretaria de Segurança Pública mostrou resposta. Agora, tragédias como essa podem voltar a acontecer, caso as empresas não adotem as normas de segurança. É um absurdo o que está acontecendo. O descaso dessas empresas com tamanha tragédia anunciada. Ontem [segunda, 20], por exemplo, um motorista sofreu outra tentativa de assalto. Ele já tinha tomado quatro tiros e teve seu carro novamente alvejado porque foi fugir de um assalto”, afirmou.

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