Veja áreas que podem ser desapropriadas para construção do metrô no Campo Grande

Na última quarta-feira (17), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) assinou três decretos de desapropriação na região do Campo Grande, no Centro Antigo de Salvador. As áreas a serem desapropriadas, de acordo com a publicação, serão destinadas à implantação da nova estação do metrô da cidade, chamado de “Tramo IV da Linha 1”.

Região histórica de Salvador, o Campo Grande reúne uma grande concentração de prédios residenciais e comerciais. Devido a isso, o bahia.ba pesquisou quais imóveis devem ser atingidos pelos decretos de desapropriação assinados por Jerônimo e os localizou através do plataforma “Google Street View”.

Bem no Largo do Campo Grande, pelo menos cinco imóveis deverão ser desapropriados. Um deles é a atual sede da Fundação João Fernandes da Cunha (foto principal da publicação), instituição que disponibiliza a estudantes uma grande biblioteca aberta ao público, além de internet gratuita, dentre outros equipamentos e eventos voltados à educação e à cultura.

Também deve ser desapropriado o prédio (foto acima) em que funciona a sede do Cesol (Centro Público de Economia Solidária) em Salvador, já na esquina do Largo do Campo Grande com a rua do Forte de São Pedro. O órgão estadual funciona um espaço multifuncional que oferece suporte técnico e articula oportunidades para fortalecer o trabalho coletivo, o associativismo e o cooperativismo, visando a sustentabilidade de empreendimentos.

Antes, quase que na direção do Monumento ao 2 de Julho, no Largo do Campo Grande, outros três imóveis devem ser desapropriados. Em um deles funciona um pet shop, chamado “Pet Canis” (foto abaixo).

Há ainda mais uma área que deve ser desapropriada, conforme decreto assinado pelo governador. Essa já não se localiza mais na praça, mas sim na Avenida Santa Rita, na ladeira que liga o Largo do Campo Grande ao Vale do Canela.

O imóvel atingido pelo decreto funciona como um Lava Jato, atrás do Condomínio Edifício Juiz Paulo Fontes, e na proximidade de uma comunidade conhecida como “Ratoeira”.

Ainda não há informações sobre o que será instalado nos espaços desapropriados pelo governo. Questionada se seriam acessos da estação ou mesmo canteiro de obras, a CTB (Companhia de Transportes do Estado da Bahia) ainda não respondeu aos questionamentos do bahia.ba.