Publicado em 07/05/2025 às 13h31.

Vereadora critica reajuste de 4% a professores e vê falta de diálogo com prefeitura

Segundo Aladilce, percentual oferecido é insuficiente, não atende às reivindicações da categoria e expõe a falta de disposição da Prefeitura para negociar

André Souza
Foto: Antônio Queirós/CMS

 

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) criticou nesta quarta-feira (7) a proposta de reajuste salarial de 4% enviada pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Progressista), à Câmara Municipal para os professores da rede municipal de ensino. Segundo ela, o percentual oferecido é insuficiente, não atende às reivindicações da categoria e expõe a falta de disposição da Prefeitura para negociar.

A proposta do Executivo motivou uma greve dos professores, iniciada na terça-feira (6), por tempo indeterminado. A categoria é representada pela PLB Sindicato.

“Nos parece que não há disposição da Prefeitura para atender reivindicações que são justíssimas. A rede municipal de educação é fundamental para a cidade, e os professores têm feito um esforço enorme aguardando uma resposta do governo”, afirmou Aladilce.

Segundo a vereadora, o principal ponto da pauta dos docentes é o pagamento integral do piso nacional do magistério, atualmente em R$ 4.800, valor já adotado por outras capitais, cidades do interior e pelo governo do estado. A proposta da gestão municipal prevê um reajuste de 4%, dividido em duas parcelas, o que, segundo a oposição, está aquém do que determina a legislação federal.

Aladilce ainda questionou os argumentos da Prefeitura quanto à limitação orçamentária e destacou que o município possui margem fiscal para ampliar os investimentos em pessoal. “A Prefeitura pode comprometer até 52% das receitas líquidas correntes com folha de pagamento, mas atualmente gasta entre 32% e 36%. Há espaço para reajustar os salários”, disse.

Para a vereadora, a falta de diálogo com a gestão do prefeito Bruno Reis contribui para o agravamento da crise. “Apesar de sermos combativos, buscamos o diálogo. Mas não temos conseguido interlocução nem mesmo com secretarias estratégicas. A Secretaria da Fazenda, por exemplo, é inacessível. E é uma área-chave.”., afirmou.

O bahia.ba procurou a Sefaz, mas a secretaria não quis se manifestar sobre o assunto.

Além da recomposição salarial, os professores também reivindicam melhores condições de trabalho nas escolas da rede municipal. Aladilce defendeu que a valorização dos profissionais da educação seja tratada como prioridade. “Fala-se muito em construir escolas, mas é preciso cuidar da alma da educação, que são os professores”, concluiu.

André Souza

Jornalista com experiência nas editorias de esporte e política, com passagens pela Premier League Brasil, Varela Net e Prefeitura Municipal de Laje. Apaixonado por esportes e música, atualmente trabalha como repórter de Política no portal bahia.ba.

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