Publicado em 23/07/2024 às 11h45.

Após primeiro caso no RS, Seapi cria barreira sanitária para conter doença de Newcastle

Doença pode infectar humanos, mas não gera sintomas graves

Redação
Foto: Reprodução / YouTube

 

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado (Seapi) confirmou na segunda-feira (22), um caso da doença de Newcastle em uma granja comercial do município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. O governo do estado iniciou o trabalho de estabelecimento das barreiras sanitárias para conter o foco da doença.

Segundo matéria do InfoMoney, a pasta informou, via nota, que foram estabelecidas oito barreiras, cinco no raio de 3 quilômetros do foco e três na área de vigilância, a 10 quilômetros do foco. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares, fiscais estaduais agropecuários e técnicos agrícolas, junto a Brigada Militar, realizam a desinfecção de veículos e controlam a movimentação e animais, camas aviárias, esterco e demais produtos que possam carregar o vírus da doença.

Além disso, a Secretaria se reuniu na segunda com os prefeitos de Anta Gorda, Putinga, Ilópolis, Relvado e Doutor Ricardo, que estão no raio de 10 quilômetros do foco, a fim de alinhar as medidas. A Seapi informa ainda que está realizando visitas às propriedades no raio, que inclui 870 estabelecimentos no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência. “O Serviço Veterinário Oficial do Estado já vistoriou 274 propriedades, entre elas 14 granjas de corte localizadas na área. Até agora não identificamos nenhuma evidência de que tenhamos qualquer outra ave com sinais compatíveis com doença de Newcastle”, afirmou Collares.

Até o momento, não houve novas suspeitas de focos da doença e as três investigações que resultaram em coletas e análises laboratoriais tiveram resultados negativos. Uma coleta de amostras de suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, realizada no município de Progresso, foi encaminhada para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP). “Assim que finalizarmos toda a atividade e comprovarmos a ausência de circulação viral, teremos um prazo de 90 dias para reconhecimento internacional de retorno ao status sanitário anterior”, conclui a diretora.

A doença de Newcastle é uma patologia que atinge aves domésticas e silvestres e é considerada altamente contagiosa e pode afetar humanos, apesar de não gerar nenhum sintoma grave. Caso a pessoa se infecte com o vírus da doença, é possível desenvolver doenças consideradas leves, como a conjuntivite. No organismo humano, o vírus não tem a tendência de evolução para um quadro grave como acontece com as aves. Apesar disso, o humano que portar o vírus pode acabar representando um perigo para as aves em caso de contato, levando a doença até elas.

Nas aves, os principais sintomas são sinais respiratórios seguidos por manifestações digestivas e nervosas como a diarreia. Torções nos membros e até paralisia completa também são possíveis.

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