Publicado em 14/01/2025 às 14h24.

Dengue em alta: dados de laboratórios reforçam necessidade de testagem e prevenção

Segundo Abramed, a taxa de positividade dos casos de dengue na semana de 22 a 28 de dezembro de 2024 foi a maior do último trimestre do ano

Redação
Foto: Reprodução/Abramed

 

Com a temporada de calor e chuvas, o temor das arboviroses – doenças virais transmitidas principalmente por mosquitos – volta a rondar a população brasileira. Dentre as mais conhecidas estão dengue, zika, chikungunya, oroupouche e febre amarela, segundo o Ministério da Saúde.

A combinação de altas temperaturas e acúmulo de água parada cria um ambiente propício para a proliferação dos mosquitos transmissores da doença. Eles se tornam portadores dos vírus ao picar uma pessoa infectada e, subsequentemente, passam o vírus para outras pessoas durante suas picadas. Por isso, é importante intensificar as ações de prevenção e diagnóstico.

Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), cujos associados são responsáveis por cerca de 80% do volume de exames realizados na Saúde Suplementar no Brasil, a taxa de positividade dos casos de dengue foi de 13,81% na semana de 22 a 28 de dezembro de 2024, a maior do último trimestre de 2024.

Além disso, a taxa de positividade registrou sua 3ª semana consecutiva de alta (de 1 a 28 de dezembro de 2024). O mesmo acontece com a média móvel, quando comparada com as últimas 5 semanas, indicando uma tendência de alta para os próximos períodos.

“A testagem e a prevenção são as chaves para enfrentar o desafio que as arboviroses representam, especialmente no período de maior vulnerabilidade climática. Nesse contexto, a análise de dados laboratoriais torna-se estratégica para antecipar tendências epidemiológicas, avaliar a eficácia das campanhas de prevenção e orientar políticas públicas”, comenta o médico patologista Alex Galoro, líder do Comitê Técnico de Análises Clínicas da Abramed.

Exames como PCR e testes de antígeno são essenciais, permitindo o tratamento adequado dos pacientes. No caso da dengue, Galoro lembra que as sorologias permitem detectar em apenas alguns dias os anticorpos IgM. Já os anticorpos IgG passam a ser detectáveis a partir do sétimo dia de doença.

“Na dengue, o hemograma é imprescindível após o diagnóstico, para monitoramento do paciente, para avaliação da necessidade de reidratação e o risco de dengue hemorrágica”, explica.

A Abramed reforça a importância de que exames diagnósticos sejam realizados em laboratórios clínicos, que garantem precisão nos resultados, testes mais abrangentes e total conformidade com os padrões de qualidade. Diagnósticos rápidos e precisos são essenciais para o controle das arboviroses.

Monitoramento

Os dados de exames realizados pelas associadas à Abramed são compilados por meio da plataforma de inteligência de dados METRICARE, desenvolvida e gerenciada pela Controllab, parceira da associação. Essa colaboração tem permitido o acompanhamento de dados relevantes, fornecendo uma visão clara e estratégica para a tomada de decisões em prol da saúde populacional.

Importante ressaltar que as associadas da Abramed enviam os resultados dos exames diretamente à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS/DATASUS), contribuindo para o monitoramento epidemiológico conduzido pelo Ministério da Saúde. Essas informações são essenciais para entender a progressão da dengue no Brasil e embasar medidas de saúde pública voltadas à contenção da doença.

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