Publicado em 28/12/2024 às 08h30.

Falta de vacinas do calendário nacional é relatada por 65% dos municípios, diz CNM

Segundo pesquisa, houve carência dos imunizantes da catapora, covid-19 e coqueluche; Ministério da Saúde afirma ter atendido as necessidades do calendário básico

Redação
Foto: Pexels

 

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgada nesta sexta-feira (27), aponta a falta de vacinas do calendário nacional de imunização, como as de catapora, covid-19 e coqueluche. O Ministério da Saúde, em nota, contestou os resultados, afirmando ter atendido 100% das demandas por vacinas do calendário básico, exceto em casos de desabastecimento global, atribuídos a “problemas pontuais”. O comunicado não esclareceu se a falta de vacinas está relacionada à gestão dos governos locais.

Segundo a CNM, 65,8% dos 2.895 municípios pesquisados entre 29 de novembro e 12 de dezembro de 2024 relataram a ausência de imunizantes. Entre eles, 1.516 (52,4%) reportaram falta de vacinas contra catapora, enquanto 736 municípios (25,4%) mencionaram insuficiência de doses contra a covid-19. A confederação destacou que os dados refletem a situação no momento da pesquisa.

A terceira vacina mais mencionada foi a tríplice bacteriana, que protege contra coqueluche, difteria e tétano, com 520 municípios (18% dos pesquisados) relatando sua falta. De acordo com a CNM, a ausência desse imunizante durava, em média, 60 dias nos municípios afetados. Em 2024, os casos de coqueluche aumentaram quase 2.000% em relação a 2023, totalizando 4.395 registros até 27 de novembro, com maior incidência no Paraná.

O Ministério da Saúde informou que distribuiu 3,7 milhões de doses da vacina contra a covid-19 aos estados, das quais 503 mil foram aplicadas, sugerindo que há doses suficientes em nível estadual. Para 2025, a pasta afirmou ter reforçado os estoques de imunizantes.

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