Governo libera mais R$ 50 mi para reforço no atendimento do SUS em meio à alta de casos de gripe

O Ministério da Saúde anunciou a liberação de mais R$ 50 milhões para o fortalecer o atendimento de adultos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no SUS. A portaria que consta o novo valor foi publicada no Diário Oficial da União, na edição de quinta-feira (12). Com esse incentivo, o total de recursos temporários destinado ao atendimento de casos de SRAG chega a R$ 150 milhões.

Segundo matéria do InfoMoney, em maio deste ano, o ministério já havia disponibilizado R$ 100 milhões para o atendimento de crianças hospitalizadas. Na época, a pasta informou que os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina solicitaram o incentivo para o público infantil e receberam R$ 28,5 milhões: R$ 14,26 milhões para 88 leitos em MG (cobrindo 32% dos leitos do SUS); R$ 12,63 milhões para 78 leitos no RS; e R$ 1,62 milhão para 10 leitos em SC.

De acordo com dados da última edição do boletim ‘Infogripe’, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o número de casos graves de gripe seguem em uma crescente. O vírus influenza A, causador da doença, é responsável por 75% das mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), condição clínica caracterizada por sintomas como febre alta, tosse intensa, dificuldade para respirar, calafrios e cansaço extremo, que pode ser considerada um agravamento do quadro de diversas infecções, incluindo a gripe.

O principal grupo de risco para a condição é o de idosos, sendo os principais afetados, de acordo com o levantamento da Fiocruz. Pessoas com mais de 60 compõem o grupo prioritário de vacinação do Ministério da Saúde, junto com gestantes e crianças pequenas. Isso ocorre justamente porque esse público corre maior risco de desenvolver casos graves de doenças.

Apesar dos incentivos do governo Federal, a cobertura vacinal está bastante abaixo do esperado. Até a última segunda-feira (10), o percentual de vacinados entre o público prioritário era de 37,77%. A pasta pontua que a vacinação está disponível em todas as regiões do país, exceto no Norte, onde a campanha ocorre no segundo semestre, pois é considerado a sazonalidade dos vírus respiratórios na região.

“A vacinação contra a gripe é crucial para evitar hospitalizações, especialmente entre crianças, idosos e gestantes”, afirma a pasta.