Publicado em 18/03/2025 às 13h24.

Lucro dos planos de saúde quintuplicou em 2024, registrando R$ 10,2 bilhões

O resultado representa um salto de 429% em relação ao ano anterior, quando o resultado foi de R$ 1,926 bilhão

Redação
Foto: Agência Brasil

 

As operadoras médico-hospitalares do Brasil registraram um lucro líquido de R$ 10,192 bilhões em 2024, um salto de 429% em relação ao ano anterior, quando o resultado foi de R$ 1,926 bilhão, é o que apontam dados de um balanço feito pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e divulgado nesta terça-feira (18).

Segundo matéria da Folha de São Paulo, este é o melhor resultado registrado pelos planos da saúde desde 2020, quando teve início a pandemia de coronavírus (Covid-19). Naquele ano, o lucro foi de R$ 17,6 bilhões. Entre os fatores que contribuíram para o resultado estão a queda no número de sinistralidade (quando de fato é gasto com ocorrências médicas) e o reequilíbrio das contas pós-pandemia.

O índice de sinistralidade caiu 1,5 ponto percentual no quarto trimestre de 2024, para 82,2%, o que indica que em torno de 82,2% das receitas advindas das mensalidades dos planos foram utilizadas com as despesas assistenciais. Esta é a menor sinistralidade registrada neste período desde 2018.

Já o saldo de atividades diretas dos planos (diferença entre as receitas e despesas) ficou positivo em R$ 4 bilhões, patamar próximo ao dos anos pré-pandemia de Covid-19. Outra fonte de renda do setor é a remuneração das aplicações financeiras, que totalizaram R$ 120 bilhões ao final de 2024, período marcado por juros altos.

“A ANS segue monitorando de perto os indicadores econômico-financeiros para garantir que essa trajetória de recuperação se traduza em maior previsibilidade e solidez para o setor, sem comprometer o equilíbrio entre receitas e despesas assistenciais e o atendimento dos beneficiários”, diz Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS.

O resultado é fruto também de reorganizações financeiras das operadoras, com fusões, aquisições e cortes de custos. Entre as medidas, estão o maior combate às fraudes e cancelamentos unilaterais de planos coletivos, conhecido como higienização de carteira, que exclui usuários custosos.

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