Publicado em 22/01/2025 às 15h49.

Parceria entre SVO e Banco de Olhos reforça esperança para quem aguarda transplante de córneas

Cerimônia no auditório do SVO reuniu profissionais de saúde, gestores e especialistas

Redação

 

A assinatura do termo de parceria entre o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), unidade da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) gerida pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), e o Banco de Olhos da Bahia que foi realizada na terça-feira (21), marca um avanço significativo na captação de córneas no estado. A cerimônia no auditório do SVO reuniu profissionais de saúde, gestores e especialistas para celebrar a iniciativa que busca otimizar processos e oferecer mais esperança às 1.715 pessoas que aguardam por um transplante de córneas na Bahia.

A diretora do SVO, Ita de Cássia Aguiar, ressaltou a importância da humanização no processo. “Nossa equipe aprendeu a lidar com a adversidade e a dor do outro de forma humana. Essa parceria é um serviço a mais, mas feito com qualidade e capacitação técnica. Estamos orgulhosos em saber que o SVO da Bahia é referência para o Ministério da Saúde, e cada passo que damos é planejado e estudado,” afirmou.

Impacto na fila de transplantes

De acordo com Mirela Andrade de Jesus, coordenadora da equipe de captadores de córneas do Banco de Olhos, a parceria representa mais do que números. “Cada sim dado por uma família é um grande passo. Nosso objetivo é identificar, avaliar e validar os potenciais doadores, garantir que as famílias tenham o direito de decidir sobre a doação. Estamos esperançosos de que essa parceria será longa e salvará muitas pessoas,” declarou.

Com a parceria, a Central de Transplantes disponibilizou um captador de córneas que já está atuando em regime de plantão no SVO, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Este profissional é responsável por entrevistar as famílias, conduzir o processo de autorização e realizar a captação das córneas, seguindo protocolos rigorosos. Atualmente, cerca de 20% das necropsias autorizadas apresentam potencial para doação, um número que pode crescer com o aumento das necropsias realizadas pelo SVO.

Regina Vasconcelos, coordenadora da Central de Transplantes, reforçou a necessidade de conscientização da sociedade. “Não existe transplante sem doação, e a doação só ocorre com o envolvimento da sociedade. O sim da família melhora a qualidade de vida do outro e, de certa forma, faz bem para todos nós. É uma demonstração de solidariedade que poderia beneficiar qualquer um de nós,” concluiu.

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