Publicado em 25/07/2024 às 12h12.

Saiba como investigar as causas da infertilidade

Fatores podem estar relacionados ao homem, mulher ou casal

Redação
Foto: Divulgação

 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a infertilidade atinge 17,5% da população adulta (cerca de 1 a cada 6 pessoas) em todo o mundo. No Brasil, cerca de 8 milhões de pessoas podem ser inférteis. A doença pode ser caracterizada pela dificuldade do homem, da mulher ou de ambos em conseguir a tão sonhada gestação. Segundo o especialista do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+ na Bahia, Dr. Daniel Suslik Zylbersztejn, coordenador médico do Fleury Fertilidade e PhD em Reprodução Humana, um casal é considerado infértil se após 12 meses de tentativas, sem o uso de métodos contraceptivos, não conseguir engravidar.

Estudos da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) mostram que cerca de 30% das causas de infertilidade estão relacionadas a fatores femininos e 30% estão associadas à causa masculina. Outros 40% estão ligados à infertilidade combinada do casal. “Estatisticamente, as causas da infertilidade podem ser igualmente femininas ou masculinas, o que varia são as predisposições genéticas, idade biológica e fatores externos que podem ter causado a incapacidade de ter filhos. Tradicionalmente, a mulher acaba sendo mais bem avaliada que o homem referente as causas de infertilidade, muito por questão cultural de cuidado à saúde, por isso temos a sensação de que os problemas reprodutivos residem mais frequentemente no sexo feminino.”, explica o Dr. Zylbersztejn.

Para as mulheres, as principais causas da infertilidade podem ser a síndrome dos ovários policísticos, endometriose, problemas nas trompas uterinas e o avanço da idade. Já para os homens, as causas estão relacionadas à baixa produção de espermatozoides ou alterações devido a varizes nos testículos (varicocele), obesidade, tabagismo e uso de anabolizantes. “O diagnóstico de infertilidade não é uma sentença. Quanto antes as causas forem investigadas, mais chances existem de realizar o sonho da gravidez”, ressalta o especialista.

A investigação deve começar pelo agendamento de consulta com um especialista em reprodução humana. No primeiro momento, é feita a avaliação do histórico dos pacientes. Em seguida, é realizado exames físicos e solicitado vários exames complementares para a averiguação do potencial de fertilidade. “Com os resultados dos exames é possível saber a causa da infertilidade e indicar o melhor tratamento, que pode ser desde a mudança de estilo de vida, cirurgia de correção de varicocele, cirurgia de endometriose, tratamentos hormonais, coito programado, inseminação artificial, fertilização in vitro, entre outros”, completa o médico.

O coito programado se caracteriza pela indução da ovulação da mulher para que se programe a relação sexual para o momento mais adequado. Já a inseminação intrauterina acontece quando o homem colhe o sêmen em uma clínica de reprodução assistida e esses espermatozoides são preparados, concentrados e injetados direto no útero da mulher. A fertilização in vitro (FIV) é a técnica com mais chances de sucesso e maior complexidade, pois consiste na retirada dos óvulos por uma punção transvaginal dos ovários, fertilizados pelos espermatozoides para a formação dos embriões e cultivados no laboratório até serem congelados para uso futuro ou transferidos para a cavidade uterina para seguir com o seu desenvolvimento.

Os principais exames solicitados pelos médicos especialistas em reprodução humana para investigar as causas da infertilidade são: dosagem de hormônios, ultrassonografia transvaginal seriada, histerossalpingografia, ultrassonografia endovaginal com preparo intestinal, videohisteroscopia, espermograma, exame de fragmentação de DNA espermático e exames genéticos.

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