Publicado em 02/09/2025 às 12h12.

Saneamento inadequado causou mais de 8.800 mortes no Brasil em 2024, diz SUS

Idosos são o principal grupo vítima das doenças provenientes da falta de estrutura básica de saneamento

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) foram responsáveis por mais de 80.000 internações de idosos em todo o país, em 2024. Sendo que 8.830 evoluíram para óbito – o equivalente a 76,4% do total de mortes (11.554) relacionadas a essas enfermidades. Os números são de um levantamento realizado com base em dados do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

“Apesar dos avanços que o país registrou nos últimos cinco anos, com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico, ainda temos uma grande parcela da população sem acesso a serviços adequados de saneamento. Portanto, é urgente avançar muito mais para que possamos reduzir esses tristes índices”, afirma Elzio Mistrelo, diretor da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente).

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 94% dos casos de diarreia no mundo são devidos à falta de acesso à água de qualidade e ao saneamento precário. Além dessa doença, os brasileiros sem água tratada e esgotamento sanitários estão vulneráveis a males como Hepatite A, leptospirose, esquistossomose, cólera, giardíase e amebíase, febre tifoide, helmintíases, infecções de pele e micoses.

Atualmente, no Brasil há aproximadamente 34 milhões de pessoas que ainda não têm acesso à água tratada e mais de 90 milhões continuam sem receber serviço de coleta e tratamento de esgoto. No entanto, de acordo com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico, até 2033 o país precisa atingir a meta de 99% de toda a população atendida por estes serviços. “Ainda restam oito anos e o setor está aquecido, estamos no caminho”, conclui Mistrelo.

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