Alerta mundial para Zika sugere até o isolamento de pacientes
A OMS identificou a ligação do vírus e o nascimento de bebês com má formação
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu alerta mundial, nesta terça-feira (1º), para que seus mais de 140 países-membros reforcem a vigilância para o eventual crescimento de infecções provocadas pelo Zika vírus. Também sugeriu o isolamento dos pacientes. O Brasil já planeja protocolo específico para gestantes.
O comunicado da OMS cita diretamente o aumento de nascimento de bebês com má-formação e de casos da síndrome Guillain-Barré identificados no Brasil. Pela primeira vez, o documento reconhece a ligação entre o vírus e o crescimento de casos dessas doenças. Ainda sugere que países fiquem alertas para a necessidade de se ampliar o atendimento de serviços neurológicos e de cuidados específicos a recém-nascidos – algo já imaginado pelos estados nordestinos.
Com 11 páginas, o documento da Organização Mundial da Saúde usa o avanço de casos de microcefalia no Brasil, já são 1.248, e o registro de três mortes por Zika (duas de adultos e uma de recém-nascido) como um dos fatores que levaram o organismo a atualizar as recomendações de vigilância.
O documento recomenda que aqueles países que não têm casos autóctones de Zika reforcem os sistemas de vigilância para identificação rápida de eventuais infecções. “Baseado na experiência do Brasil e da Colômbia, autoridades sanitárias devem ficar alertas para casos de manchas vermelhas e febre de causa desconhecida”, diz o texto.
O comunicado faz ainda recomendações para países onde já há registros de casos autóctones (transmitidos na própria cidade ou país) de Zika. Autoridades sanitárias devem acompanhar tendências de uma eventual dispersão do vírus para outras regiões, ficar atentas a complicações neurológicas e aumento de doenças autoimunes em pacientes de todas as idades. O documento também recomenda a vigilância reforçada no aparecimento de má-formação em bebês.
No texto, a OMS sugere que pacientes infectados pelo vírus permaneçam em casa, sob proteção de telas com repelentes – uma estratégia para tentar combater a dispersão do vírus. Isso porque o Aedes aegypti pode também se contaminar pelo vírus se picar uma pessoa que já está com a doença.
Especificamente o órgão mundial recomenda que gestantes procurem se proteger contra o vírus. A OMS também fez um apelo para que países com a presença do Aedes aegypti reduzam os criadouros.
Governo brasileiro – O Ministério da Saúde já desenhou o protocolo que será usado para o acompanhamento de gestantes com suspeita de Zika vírus e de bebês com diagnóstico de microcefalia. Além de um manual sobre as condutas que devem ser adotadas por equipes de saúde, o governo prepara o mapeamento dos serviços disponíveis para atendimento dos bebês e de familiares.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o Secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, afirmou que a preocupação maior será fazer a identificação de bebês com a má-formação o mais precocemente possível. “Para gestantes, os procedimentos não devem mudar.”
A ênfase será dada a partir do diagnóstico da má-formação no bebê, feita no nascimento ou ainda durante a gestação, por meio do exame de ultrassom. Depois do nascimento e identificado o problema, por meio da medição do perímetro cefálico, o bebê deverá ser encaminhado para a realização de uma tomografia. O exame é feito sobretudo para avaliar os danos provocados pela má-formação.
A microcefalia é uma síndrome que até agora era considerada rara. Justamente por isso, o número de profissionais com capacitação para o acompanhamento e diagnóstico não é alto.
O secretário garante que o acesso a tomografias para confirmação da microcefalia não é problema. “No caso de o bebê nascer numa cidade que não dispõe do aparelho, será providenciada a transferência para outro local.”
Serviços – O Ministério da Saúde está fazendo a identificação de serviços de referência para os quais os bebês com a confirmação da microcefalia devem ser encaminhados. Também está prevista a oferta de serviços de acompanhamento psicológico para pais das crianças.
Mais notícias
-
Brasil
20h40 de 25 de abril de 2024
Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira (26)
Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br
-
Brasil
17h44 de 25 de abril de 2024
Transferir a estados legislação sobre armas pode favorecer criminosos
Projeto fragiliza controle de armas no Brasil, dizem especialistas
-
Brasil
16h31 de 25 de abril de 2024
Reforma prevê imposto reduzido em 30% para 18 profissões liberais
A lista inclui atividades como personal trainer, relações públicas e economistas domésticos
-
Brasil
16h10 de 25 de abril de 2024
Após ‘calotes e despejos em série’ mãe e filha moram no McDonald’s
As duas foram condenadas por não pagarem aluguel em diferentes moradias
-
Brasil
14h43 de 25 de abril de 2024
Justiça solicita pela terceira vez prisão de condutor do Porsche
Laudo produzido pelo Instituto de Criminalística indica que o empresário trafegava na via a 156 km/h quando bateu contra o Sandero
-
Brasil
13h50 de 25 de abril de 2024
Polícia Federal retoma sistema de agendamento de emissão de passaporte
Emissão de passaporte está suspensa desde do dia 17 de abril
-
Brasil
12h51 de 25 de abril de 2024
IBGE: Uma em cada 10 famílias enfrenta ‘insegurança alimentar’ moderada ou grave
'Mais de 7 milhões de lares que convivem com redução na quantidade de alimentos consumidos ou com ruptura em seus padrões de alimentação abrigam 20,6 milhões de pessoas'
-
Brasil
11h21 de 25 de abril de 2024
Sobrinho de Marcola é preso por tráfico de drogas, corrupção e jogo do bicho
Prisão de Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho ocorre em meio à Operação Primma Migratio que visa o desmantelo do núcleo gerencial e logístico de uma organização criminosa
-
Brasil
10h19 de 25 de abril de 2024
Polícia Civil indicia envolvidos na morte de advogado no centro do Rio
Três indiciados já estão presos temporarimente
-
Brasil
08h49 de 25 de abril de 2024
Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 6 milhões
O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5