Publicado em 13/11/2018 às 10h51.

Perícia conclui que morte no Beach Park foi causada por ‘excesso de peso’

De acordo com o laudo, acidente foi motivado por peso excedente e má distribuição das pessoas na boia; em nota, parque diz que considera resultado "inconclusivo"

Redação

O resultado do laudo referente à morte do radialista Ricardo José Hilário Silva, no brinquedo Vainkará, do Beach Park em Fortaleza, concluiu que o acidente foi causado por “excesso de peso” e “distribuição irregular” dos participantes na boia. A investigação foi realizada pela Coordenadoria de Perícia Criminal ligada à Secretaria de Segurança do Estado.

Concluído em 29 de setembro, o laudo pericial obtido pelo G1, aponta que os quatro participantes fizeram o uso adequado do brinquedo e se mantiveram na posição correta durante a descida. O “Vainkará”, inaugurado com bastante expectativa, foi fechado após o acidente por tempo indeterminado e retirado da lista do site do parque aquático.

José Hilário caiu no trecho final do brinquedo, bateu a cabeça e morreu no local, no dia 16 de julho, apenas dois dias após a inauguração do brinquedo. No mesmo período, artistas e outras personalidades participaram de ação promocional do parque. O radialista era natural de Sorocaba, São Paulo, e foi à Fortaleza a passeio.

O “Vainkará” é um toboágua que permite a descida de até 4 pessoas em uma única boia. O limite de peso era 320kg, mas a soma total incluindo José Hilário foi de 390kg. Segundo o laudo, esta diferença foi determinante na causa da tragédia. Na época, o Beach Park informou por meio de nota que os funcionários haviam conferido o peso total. No entanto, os sobreviventes que desceram no brinquedo com o radialista afirmaram que não houve essa aferição.

De acordo com o GloboNews, o Beach Park emitiu uma nota em que diz que o laudo é “inconclusivo”, visto que não inclui a análise do projeto do brinquedo, que não foi enviada pela empresa fabricante.