Publicado em 27/06/2017 às 15h45.

Médico do Vitória ‘veta’ contratação de Carlos Eduardo em áudio

Mensagens foram enviadas para grupo mas acabaram vazando; nelas, o médico Gilson Meireles fala que jogador pode "estourar o joelho" e não recomenda contratação

Fernando Valverde
Foto: Mauricia da Matta / EC Vitória
Foto: Mauricia da Matta / EC Vitória

 

Menos de uma semana após chegar ao Vitória como possível novo reforço do clube, já que ainda não foi anunciado, o nome do meia Carlos Eduardo já se encontra no centro de uma polêmica envolvendo os bastidores do clube.

Após uma série de contratações que não renderam para a posição, Carlos Eduardo chegou com a expectativa de ser o novo dono do setor criativo do rubro-negro, mas problemas físicos colocam em xeque o aproveitamento do jogador. Mesmo após ter passado pelos exames clínicos, o atleta ainda não foi anunciado oficialmente pelo clube. Segundo a assessoria, o motivo da demora seria a não regularização do jogador com a CBF.

Mas, um áudio do médico do Vitória, Gilson Meireles, vazado através do aplicativo WhatsApp, colocou algumas interrogações na cabeça do torcedor. Na mensagem, o diretor do departamento médico do Vitória afirma que Carlos Eduardo tem risco alto de sofrer uma nova lesão, apesar de no momento estar apto para atuar.

“Nos exames físicos, nos testes físicos que a gente submeteu ele, que são protocolos, inclusive, preconizados pela CBF, ele não apresentou nenhuma limitação. Não tem restrição para atividade em campo. Agora tem o risco aumentado. (…) Só que é como eu te falei a ressalva. Ele pode estourar o joelho a qualquer momento, em uma probabilidade maior que o atleta comum. Eu também não traria. Mas se assim é o fluxo, o risco, Petkovic, a diretoria de futebol e o presidente quer assumir, o problema é deles. Eu não traria”, analisou.

Apesar do veto, Gilson deixou claro que a situação atual de Carlos Eduardo é de um jogador apto e que a ressalva é apenas de caráter preventivo.

Contexto –  Em conversa com o globoesporte.com, Gilson afirmou que o áudio foi enviado informalmente para alguns membros do Conselho Deliberativo do clube e voltou a dizer que o jogador está apto a atuar pelo clube.

“O que aconteceu era assunto interno, no qual reitero que o atleta está apto, passando por todo o fluxograma, em que cada departamento avalia. No caráter médico, a questão clínica, ele foi aprovado. O que eu ressalto lá é apenas um detalhe no histórico. Ele, por ter feito cirurgia em 2012, teria o risco maior que outro atleta. Isso, necessariamente, não o desclassifica ou o coloca como inapto”, afirmou ao site.

Quanto ao vazamento do áudio, Gilson afirmou desconhecer quem foi o responsável e que as decisões cabíveis já estão sendo tomadas.

“Eu tinha passado para poucas pessoas. Vou investigar, tomar providências após consultar o departamento jurídico. Foi um áudio informal, não era caráter oficial. Ele está apto, não apresenta lesão, doença incapacitante, contraindicação contra prática esportiva. Ele reúne todas as condições. Foi aprovado todos os testes, inclusive por mim. O áudio está criando muita polêmica pelo risco do joelho, mas é algo comum no futebol. Qualquer atleta com cirurgia vai ter risco maior. Mas esse risco é subjetivo. Não é suficiente para reprovar a contratação e preocupar o departamento”, finalizou.

O jogador de 29 anos, com passagens por Grêmio, Hoffenheim-ALE, Rubin Kazan-RUS e Flamengo e seis partidas pela seleção brasileira, disputou apenas três jogos pelo Atlético Mineiro em 2017 e foi liberado pelo técnico Roger Machado.

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