Publicado em 05/09/2017 às 13h40.

‘Bunker’ de Geddel servia para ‘guardar’ pertences do pai

Ainda de acordo com decisão judicial, a PF desconfiou da movimentação no apartamento após uma denúncia anônima

Alexandre Galvão
Foto: Divulgação/ PF
Foto: Divulgação/ PF

 

O apartamento no bairro da Graça, em Salvador, onde a Polícia Federal (PF) encontrou malas e caixas com cédulas de R$ 100 e R$ 50 teria sido utilizado para guardar pertences do pai do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), Afrísio Vieira Lima, morto no ano passado.

O Edifício Residencial José da Silva Azi, na Rua Barão de Loreto, no bairro da Graça, em Salvador, esteve à venda em um site da construtora Eleven Imóveis, por R$ 591 mil.

A informação está em decisão assinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira. “Consta nos autos que o supramencionado apartamento pertence a Silvio Silveira, o qual teria cedido tal imóvel para que Geddel Quadros Vieira Lima, supostamente, guardasse pertences do seu falecido pai”, alega o magistrado.

Ainda de acordo com o documento, a PF desconfiou da movimentação no apartamento após uma denúncia anônima, por telefone.

“O Núcleo de Inteligência da Polícia Federal teria recebido uma notícia por meio telefônico, no dia 14.07.2017, asseverando que, no último semestre, um apartamento do 2º andar do Edifício Residencial José da Silva Azi estaria sendo utilizado por Geddel Quadros Vieira Lima para guardar caixas com documentos”, diz.

A apreensão está relacionada a processos que apuram corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro, com o envolvimento de Geddel, o doleiro Lúcio Funaro, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal.

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