Publicado em 18/07/2016 às 10h45.

Centro de Operações e Inteligência é o maior da América Latina

Espaço reúne polícias Militar, Civil e Técnica, além de Corpo de Bombeiros, e agrega as federais e guarda municipal

Rebeca Bastos
Centro de Operações e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia. Foto: Carla Ornelas/GOVBA
Centro de Operações e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia.
Foto: Carla Ornelas/GOVBA

 

A Bahia ganhou nesta segunda-feira (18) o Centro de Operações e Inteligência de Segurança Pública 2 de Julho, que reunirá em um só espaço todas as forças de segurança do Estado – polícias Militar, Civil e Técnica –, além de agregar as federais e municipais. As defesas civis estadual e municipal e o Corpo de Bombeiros também estarão alocadas no complexo que, segundo o governo baiano, é o maior em operação na América do Sul. Foram investidos R$ 260 milhões em todo o projeto, inclusive a aquisição de equipamentos inovadores. O espaço funcionará como cérebro operacional da Segurança Pública 24h por dia e envolve a participação de mais de 400 profissionais.

Espera-se incluir a gestão da segurança da Bahia em um novo patamar de qualidade. Presente na inauguração, o governador Rui Costa (PT) avalia que o centro não é apenas um equipamento restrito, mas sim uma ferramenta de defesa social e que ajudará inclusive na investigação e condenação de pessoas envolvidas com o crime, pois já foi feito um acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia para que as imagens possam ser usadas como provas judiciais.

“O monitoramento de imagens ajuda, e muito. Onde a câmeras foram instaladas, no interior da Bahia, se reduziu drasticamente as ocorrências naquelas ruas, pois permite inteligência na hora de mandar as viaturas, otimiza pessoal e equipamento, além de deixar imagens gravadas com o registro de pessoas, veículos e objetos que possam facilitar nas investigações e nas condenações das pessoas responsáveis”, justificou Rui.

Escolas e hospitais – Ainda conforme o chefe do Executivo baiano, o monitoramento por câmeras foi estendido a todas as 1,3 mil escolas públicas estaduais, que passarão a contar com a vigilância eletrônica. “As primeiras a contarem com o sistema, que filma apenas a área externa e o entorno, serão as 300 escolas alocadas em Salvador e Região Metropolitana. As imagens internas serão gravadas e monitoradas pela direção de cada unidade escolar”, afirmou. Os hospitais estaduais também passarão a ser monitorados. Até dezembro toda as unidades de saúde e de ensino estaduais da capital baiana vão contar com com fibra ótica para facilitar a transmissão de dados, segundo o governo.

Os presídios também serão monitorados e a pretensão é ampliar o número de presos monitorados por tornozeleiras eletrônicas. “A  Bahia já fez um contrato com uma empresa de locação de tornozeleiras e pretende ampliar esse tipo de acompanhamento dos presos. A medida deve reduzir os custos de operação da manutenção de presos, pois cada detento custa cerca de R$ 2,9 mil mensais ao Estado”, argumentou o petista.

Integração – Na sala de monitoramento, na primeira etapa, uma tela de 14 metros de largura receberá imagens em tempo real das cerca de 1 mil câmeras integradas ao sistema, além das filmagens da CCR, empresa que opera o metrô de Salvador, e da concessionária Via Bahia, que administra as BR-324 e BR-116. Além de receber os dados captados do imageador acoplado ao helicóptero da PM, em tempo real. O Centro possui um heliponto que dará mais agilidade às ações policiais emergenciais.

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