Publicado em 12/09/2018 às 16h46.

Com Haddad, PT acha que embala num momento de muitas incertezas

Acham que o 13, número do partido, é sinônimo de Lula, e por isso tem o dom mágico de agregar os simpatizantes do ex-presidente

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“A pior das loucuras é, sem dúvida, pretender ser sensato num mundo de doidos”

Erasmo Rotterdam, teólogo holandês (1466-1536)

Foto: Ricardo Stuckert/ Divulgação | PT
Foto: Ricardo Stuckert/ Divulgação | PT

 

O PT oficializou ontem o que todos já sabiam: Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, será o substituto de Lula. Esticou até onde deu, uma estratégia que pretendia deixar na urna eletrônica a cara de Lula, mesmo com um nome novo.

Acham que o 13, número do partido, é sinônimo de Lula, e por isso tem o dom mágico de agregar os simpatizantes do ex-presidente. Haddad cresceu nas´pesquisas do BTG, Datafolha e ontem no Ibope quando pulou de 6 para 8.

O PT resolveu o problema dele, mas nem por isso o cenário eleitoral de 2018 pegou um rumo que tire o país das incertezas que causam inquietações gerais.

Haddad é o único que perde para Bolsonaro nas simulações de segundo turno apresentadas pelas pesquisas. Os petistas acham que agora, com ele oficialmente investido na condição de candidato, isso muda.

Talvez sim. É certo que o jogo muda.

Na banda dos que disputam votos no campo lulista, Ciro Gomes chegou a ensaiar a estratégia de atacar Lula, recuou e ficou nos mesmos percentuais, enquanto Marina Silva começa a dar sinais de declínio.

No outro lado, Bolsonaro também cresceu no Ibope e Geraldo Alckmin, que disparava contra ele na esperança de conquistar os votos perdidos, estagnou. As próximas pesquisas são aguardadas com grande expectativa. Até agora, a 25 dias das eleições, as incertezas permanecem.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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