Publicado em 21/11/2016 às 12h17.

Construtora do La Vue doou R$ 50 mil a Souto e R$ 25 mil a ACM Neto

Ambos são aliados do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), centro de uma polêmica que envolve o empreendimento

Rodrigo Aguiar
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Foto: Valter Pontes / Divulgação

 

Responsável pelo empreendimento La Vue, na Ladeira da Barra, a construtora Cosbat doou R$ 50 mil para a campanha de Paulo Souto (DEM) ao governo em 2014 e o dono da empresa, Luiz Fernando Machado Costa Filho, como pessoa física, doou mais R$ 5 mil ao democrata para a disputa estadual e R$ 25 mil este ano para a campanha à reeleição do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), segundo dados da Justiça Eleitoral.

Ambos são aliados do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), centro de uma polêmica que envolve o La Vue, onde o peemedebista comprou um apartamento. Ao deixar o comando do Ministério da Cultura na última semana, Marcelo Calero acusou Geddel de pressioná-lo por um parecer favorável à continuidade da construção do prédio. Geddel admite a conversa, mas nega interesses pessoais.

Os Vieira Lima e a Cosbat mantêm relações próximas. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, Jayme Vieira Lima Filho, primo e sócio de Geddel no restaurante Al Mare, tem um escritório de advocacia que defende a Cosbat na Justiça baiana. Também em entrevista à Folha, o peemedebista admitiu ser amigo do dono da Cosbat, porém negou conflito de interesses.

Em agosto de 2015, diante das reclamações de associações de moradores da Barra e arquitetos, o então secretário de Urbanismo de Salvador, Silvio Pinheiro, negou, em entrevista à Band News FM, qualquer ligação política entre a liberação do empreendimento e as doações feitas a Souto.

Doações – Conforme dados da Justiça Eleitoral, a Cosbat também fez doações a políticos no pleito de 2012. Foram R$ 50 mil repassados a Nelson Pelegrino (PT), então candidato a prefeito da capital baiana. Além disso, a empresa doou para candidatos à Câmara Municipal – R$ 10 mil a Alfredo Mangueira (PMDB), R$ 10 mil a Pedro Godinho (PMDB) e R$ 5 mil a Henrique Carballal (PT).

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