Publicado em 06/07/2016 às 15h00.

Em carta à Comissão do Impeachment, Dilma diz que é alvo de farsa

Representada pelo ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo, presidente afastada se defende em carta de 28 páginas que é uma réplica do discurso de 12 de maio

Redação
Cardozo lê depoimento de Dilma na sessão da Comissão Processante do Impeachment (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Cardozo lê depoimento de Dilma na sessão da Comissão Processante do Impeachment (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

Como previsto, a presidente afastada Dilma Rousseff não compareceu nesta quarta-feira (6) à reunião da Comissão Processante do Impeachment no Senado destinada a ouvi-la. Foi representada por seu defensor, o ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo, que leu uma carta de 28 páginas em que a mandatária afastada enumera razões contra seu impedimento.  Reafirmando ser “uma mulher honesta”, Dilma reiterou a promessa de lutar com todos os instrumentos legais de que dispõe para exercer o mandato até o fim.

No documento, Dilma repete palavras usadas no discurso de 12 de maio, o último no Palácio do Planalto, antes de ser afastada do cargo.  Admite que cometeu erros, mas reafirma sua honestidade: “Na minha vida, os que me conhecem sabem que incorri provavelmente em erros e equívocos, de natureza pessoal e política. Errar, por óbvio, é uma decorrência inafastável da vida de qualquer ser humano. Todavia, dentre estes erros, posso afirmar em alto e bom som, jamais se encontrará na minha trajetória de vida a desonestidade, a covardia ou a traição. Jamais desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros. Jamais fugi de nenhuma luta, por mais difícil que fosse, por covardia. E jamais traí minhas crenças, minhas convicções, ou meus companheiros, em horas difíceis”, destacou.

A carta menciona também o que Dilma considera o motivo principal de estar sendo processada: vingança pessoal do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria tentado chantageá-la para escapar ao julgamento do Conselho de Ética da Casa. Para ela, seu processo não passa de uma farsa: “Este processo de impeachment somente existe por eu ter rechaçado o assédio de chantagistas.”, diz a presidente afastada.

Com informações da Agência Brasil.

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