Publicado em 11/05/2017 às 13h40.

Empresário afirma ter ‘lavado’ R$ 2,7 milhões para Cabral

De acordo com Luiz Alexandre Igayara, dinheiro foi "esquentado" por meio de contratos fictícios firmados com o escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo

Redação
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

 

Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, o empresário Luiz Alexandre Igayara disse na última quarta-feira (10), que “esquentou” cerca de R$ 2,7 milhões, a pedido do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB).

Réu em processo no qual o ex-governador é apontado como líder de um esquema de corrupção, Igayara acaba de firmar acordo de delação premiada com a Justiça. Em novembro do ano passado, ele foi conduzido coercitivamente a depor no âmbito da operação Calicute da Polícia Federal,que tem Cabral como alvo principal.

Segundo o empresário, Cabral lhe teria dito que o dinheiro seria sobra de campanha. Boa parte teria chegado em espécie e foi “lavado” por meio de contratos fictícios firmados com o escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo.

Ainda segundo o depoimento, toda a negociata era acertada diretamente com o ex-governador. Os dois se conheceram em 1994, quando o peemedebista era deputado e mantinham uma relação de “amizade e respeito”, conforme o empresário.

De acordo com as investigações, Igayara, um dos sócios da Rica Alimentos, fez parte do esquema liderado por Cabral em seus dois mandatos como governador. Com informações de O Estado de São Paulo.

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