Publicado em 16/11/2018 às 14h51.

Fábio Vilas-Boas articula ‘alternativa’ para saída de cubanos do Mais Médicos

Secretário de saúde estadual alerta para consequências graves de desassistência, com risco de morte para as pessoas, nos municípios baianos

Juliana Almirante
Foto: Matheus Morais/bahia.ba
Foto: Matheus Morais/bahia.ba

 

 

O secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, afirmou, ao bahia.ba, que a retirada “abrupta” de cubanos do Programa Mais Médicos fará com que a saúde pública do País seja abatida por um “descalabro”. Ele disse que tentará, em conjunto com gestores de todo o país, uma alternativa à medida.

“A retirada antecipada, abrupta, dos médicos cubanos do programa Mais Médicos, que vinha já há cinco anos sendo conduzido no país, representa uma grave ameaça à sustentabilidade da atenção primária em todo o país, não apenas na Bahia. A Bahia possui mais de 50% dos médicos do programa Mais Médicos de origem cubana e o anuncio da retirada até dia 25 de dezembro trará consequências graves de desassistência, com risco de vida para as pessoas, para as gestantes que estão em pré-natal, para os pacientes diabéticos, hipertensos, portadores de doenças crônicas, que vem sendo atendidos por esses médicos em mais de 300 municípios em toda a Bahia. Portanto, estamos preocupados e estamos em articulação nacional, junto aos demais secretários de saúde dos estados e dos municípios, para que possamos conduzir uma alternativa  a esse descalabro que se abaterá sobre a saúde pública do Brasil”, declarou.

O governo cubano anunciou a retirada de profissionais de saúde em atuação no programa Mais Médicos após declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro. Conforme dados da secretaria, o estado possui 1.522 médicos do programa, que estão alocados em 363 municípios. Deste total, 846 são cubanos.

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