Publicado em 19/11/2018 às 14h20.

Futuro presidente da Petrobras quer rever monopólio do refino do petróleo

'A corrupção tem oportunidade de se manifestar onde existe monopólio: nos preços, nas relações políticas, pelos favores…', disse Roberto Castello Branco

Redação
Foto: Reprodução/ Youtube
Foto: Reprodução/ Youtube

 

Anunciado presidente da Petrobras no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, Roberto Castello Branco defendeu, em entrevista ao Estadão, nesta segunda-feira (19) que a política de monopólio do refino do petróleo pela empresa seja revista.

De acordo com o executivo, não faz sentido uma única companhia ter 98% da atividade no Brasil. “A Petrobras pode rever o monopólio nessa área. A competição é favorável a todos: à Petrobrás e ao Brasil”, declarou.

Castello Branco foi presidente do IBMEC e professor da FGV. Ele chegou a fazer parte do conselho da companhia durante o governo de Dilma Rousseff.

Na entrevista, o futuro presidente da empresa disse que a companhia deve se focar no que é da competência dela. “A Petrobras desenvolve outras atividades que não são naturais e que não atraem retorno. O melhor exemplo disso é a distribuição de combustíveis. A estatal ainda é dona da BR Distribuidora. A BR é uma cadeia de lojas, no fim das contas. A competência da Petrobras é na exploração e produção de Petróleo”, afirmou.

Ele também defendeu que a concorrência seria importante para combater a corrupção na empresa: “É claro que não consegue fazer tudo sozinha. O ideal é que você tenha um mercado competitivo. Além das medidas de compliance, a competição é o melhor remédio contra corrupção. A corrupção tem oportunidade de se manifestar onde existe monopólio: nos preços, nas relações políticas, pelos favores… Para a Petrobras, a competição será um antídoto permanente contra esse tipo de coisa que a sociedade não tolera mais”.

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