Publicado em 19/09/2017 às 17h40.

Gays já ‘viraram’ héteros na Fundação Dr. Jesus, jura Isidório

Deputado discorda da tese de doença, mas diz que em sua entidade “gay nenhum senta no outro para empurrar bosta e nem mulher mete dedo na vagina da outra”

Alexandre Galvão
Foto: Mateus Soares/ bahia.ba
Foto: Mateus Soares/ bahia.ba

 

Autointitulado ex-gay, o deputado estadual Pastor Sargento Isidório (Avante) afirma que na Fundação Dr. Jesus, que ele comanda com suporte do governo, homossexuais já se tornaram héteros. A revelação vem ao mesmo tempo em que se discute no país uma decisão que proibiu o Conselho Federal de Psicologia de censurar a reversão sexual, conhecida como “cura gay”.

“Já. Temos casos de gente que mudou. Se quiser, eu te mostro. Se o cabra não quiser mudar, é um direito dele. Ser gay ou lésbica não é crime. Agora isso é um direito, assim como no Canadá é um direito fazer sexo com jegue, com cobra”, comparou, em entrevista ao bahia.ba.

Apesar do discurso conservador, o deputado disse não considerar a homossexualidade uma doença. Segundo ele, a opção é apenas um “desvio”. “Não existe doença em ser gay. A homossexualidade não é uma doença, mas sim uma falta de personalidade, um desvio. O cara é homem, perdeu a dignidade e acha que tem xoxota”, exemplificou.

Segundo o parlamentar, na Fundação Dr. Jesus, existem 25 gays e 11 lésbicas, mas lá eles não se relacionam. “Gay nenhum senta no outro para empurrar bosta e nem mulher mete dedo ou borracha na vagina da outra”, garantiu.

Isidório pediu ainda que os profissionais sejam livres para atuar em qualquer caso. “O psicólogo pode trabalhar em qualquer área do relacionamento. Proibir é nazismo. Tem que ter limite”, pediu.

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