Publicado em 06/06/2017 às 16h00.

Neto nega fomentar boicote na AL-BA, mas diz ‘torcer’ por equilíbrio

Prefeito de Salvador admite manter contato com partidos da base do governador Rui Costa, embora negue relação entre fatos: “Politicamente, eu converso com todo mundo”

Evilasio Junior
Foto: Rodrigo Aguiar/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Aguiar/ bahia.ba

 

Virtual candidato ao Palácio de Ondina em 2018, o prefeito ACM Neto (DEM) negou abastecer a crise entre os deputados estaduais que integram a base aliada e o governador Rui Costa (PT), que culmina em uma paralisia de quase três meses nas votações da Assembleia Legislativa.

Integrantes de partidos como o PP e o PSD, a exemplo do parlamentar federal Cacá Leão e o presidente da AL-BA, Ângelo Coronel, já falaram publicamente da insatisfação com a gestão e admitiram a possibilidade de mudar de lado. Perguntado pelo bahia.ba, nesta terça-feira (6), sobre as conversas com as legendas, o democrata admitiu manter contatos, mas negou que os fatos estejam relacionados.

“Politicamente, eu converso com todo mundo. Agora, para que depois não sirva de especulação ou boato, eu não tenho dialogado sobre qualquer pauta da Assembleia, seja com o PP, com o PSD, ou com outros partidos que integram a base do governo do Estado. A dinâmica da Assembleia é a sua própria dinâmica. Eu sei como é que isso funciona, as relações entre Executivo e Legislativo, mas não teria condições de apontar quais são os fatores que motivam um eventual problema na base do governo. Porém não há, da nossa parte, nenhum tipo de ação que procure estimular isso”, disse Neto, durante o evento de assinatura do contrato de financiamento de US$ 105 milhões entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Prefeitura de Salvador, por meio do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), na Rua Chile.

Embora assegure que assiste à crise entre o Legislativo e o Executivo estaduais com distanciamento, o prefeito revelou apoiar a rebelião dos deputados. “A gente assiste, observa e torce, em termos democráticos, que de fato exista um equilíbrio de forças na Assembleia, onde, necessariamente, a vontade de um ou de outro sempre vem a imperar de maneira absoluta. Isso eu acho que é bom para a democracia, mas eu não posso, de maneira alguma, estabelecer qualquer tipo de avaliação, porque realmente eu não sei o que motiva um eventual problema na base do governo”, insistiu.

Recursos – No evento do dia, além do financiamento do Prodetur, o prefeito ainda anunciou mais três operações de créditos com instituições internacionais: US$ 150 milhões com o BID para a bacia do Rio Mané Dendê, no Subúrbio; US$ 250 milhões com o Banco Mundial, divididos em duas parcelas, para projetos nas áreas de educação, saúde e promoção social; e US$ 65 com o Carf para obras estruturantes na cidade.

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