Publicado em 28/06/2017 às 17h16.

PMDB pode abrir mão de majoritária para José Ronaldo

Partido seria compensado com as prefeituras das duas maiores cidades baianas: Salvador, com Bruno Reis, e Feira de Santana, com Colbert Martins

Evilasio Junior
Foto: Valter Pontes/ Divulgação
Foto: Valter Pontes/ Divulgação

 

Com o desgaste do ex-ministro e presidente estadual do partido, Geddel Vieira Lima, alvo de investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, além de petição no âmbito da Operação Lava Jato, o PMDB baiano estuda abrir mão de integrar a chapa majoritária em 2018.

A coligação deverá ser encabeçada pelo atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), como postulante a governador, enquanto os peemedebistas, o PSDB e o PRB devem indicar um representante, cada, para as demais vagas, de vice e duas cadeiras para o Senado.

Fontes da legenda revelaram ao bahia.ba que, apesar de a eleição “estar muito longe”, o “plano A” da sigla seria uma candidatura do deputado federal Lúcio Vieira Lima ao Senado, mas não está descartada uma negociação para abrigar o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, hoje no DEM, mas sem atividade partidária.

A ideia seria avançar nas negociações com o PR, para que a legenda acolhesse o gestor feirense e Neto atraísse um partido atualmente da base do governador Rui Costa (PT) para as suas fileiras.

Consequentemente, a legenda liderada por Geddel ganharia o comando dos dois maiores municípios da Bahia, uma vez que os vices de Neto e Ronaldo são os peemedebistas Bruno Reis e Colbert Martins.

Em contato com a reportagem, Lúcio disse que ainda não é o momento de se discutir chapa e afirmou que a sigla vai, ao lado de Neto, liderar as conversas para 2018. “Isso é conversa lá para frente. No momento adequado, o PMDB vai, sim, pleitear o direito de sentar à mesa para discutir. José Ronaldo é um grande quadro, um grande prefeito, meu amigo pessoal, mas o que nós mais temos no PMDB é nome. Quadros que inclusive nunca tiveram a oportunidade de disputar uma majoritária”, pontuou.

Nos bastidores, também é considerada a hipótese de a tarefa de compor a chapa ser delegada ao deputado estadual Leur Lomanto Jr., atual líder da bancada de oposição a Rui na Assembleia Legislativa, que já se colocou à disposição do grupo.

No entanto, a tendência é de que Leur reforce a meta do partido de ampliar o número de cadeiras na Câmara Federal, já que hoje contabiliza apenas a de Lúcio.

Um “plano Z” cogitado internamente é apoiar o sonho do empresário do setor de transportes, Ronaldo Carletto, de passar da ala convexa para a côncava do Congresso Nacional. O parlamentar está no PP, mas está disposto a migrar para o PR – ou mesmo para o PMDB – a fim de concorrer ao posto.

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