Publicado em 17/04/2017 às 08h20.

‘Querem botar na boca do delator uma história’, diz Wagner

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE) e ex-governador da Bahia é acusado de receber R$ 500 mil na casa da mãe dele, no Rio de Janeiro

João Brandão
Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Josemar Pereira/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Jaques Wagner (PT), disse que membros do Ministério Público Federal (MPF) “querem botar na boca do delator uma história”, ao comentar os pedidos de abertura de investigações contra ele encaminhados pelo ministro-relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, às justiças federais da Bahia e do Paraná.

O ex-governador da Bahia ainda colocou em suspeição Hilberto Mascarenhas Silva, executivo da Odebrecht, responsável por parte das delações em que é citado. “Ele se contradiz. Não vou ficar condenando esses caras. Eles querem se livrar da prisão. Ele [Hilberto] está doente também”, disse, em entrevista à Rádio Metrópole, nesta segunda-feira (17).

O executivo disse que entregou R$ 500 mil na casa da mãe de Wagner, no Rio de Janeiro. Segundo ele, esta era a primeira metade de um repasse acertado em R$ 1 milhão. Em depoimento, o ex-funcionário da empreiteira afirmou que a escolha do local foi em função das dificuldades de executar o pagamento em Salvador.

Wagner opinou que as investigações têm que continuar, mas questionou o formato. “Eu acho que todo o combate à corrupção é bem vindo. A forma como está sendo feito no Brasil, com muito espetáculo, contaminando as empresa como um todo, está errado”, opinou.

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