Publicado em 16/08/2017 às 09h04.

Queda de arrecadação leva prefeitos a demitir em massa. E vai piorar

“A arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios despencou 20% em relação ao ano passado. E o dinheiro da repatriação, ficou em 5%”, lamenta Eures Ribeiro

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Temos que aprender que certas empresas permanecerão em nossos currículos, mas não em nossas vidas.”
Fagner Gouveia, paulista, autor do livro “1000 pensamentos inspiracionais para viver em equilíbrio” (1986)

Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba

 

Prefeitos estão demitindo funcionários nos quatro cantos da Bahia.

Por quê? Com a palavra Eures Ribeiro (PSD), prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB):

– A arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) despencou 20% em relação ao ano passado. E o dinheiro da repatriação, ficou em 5% do que foi praticado no fim do ano, muito abaixo das expectativas. Os prefeitos não têm outro jeito. O limite de gasto com pessoal imposto pela lei estourou. Ou eles apertam o cinto ou vão morrer. É ruim, é frustrante demitir em tempo de crise, mas ou demite ou as contas vão ser rejeitadas, essa é a regra.

Em suma, a crise está batendo pesado nos municípios.

E nada indica que vai melhorar, muito pelo contrário. No pacote em que anunciou a ampliação do rombo das finanças federais para R$ 159 bilhões, ou R$ 20 bilhões a mais que o previsto, o governo já anunciou que vai ampliar os cortes nos repasses para Estados e Municípios.

Ou seja, o que já é ruim, vai ficar pior. Com o detalhe para os prefeitos. A previsão de melhora é para 2021. O que equivale a dizer que muitos prefeitos serão detonados nas urnas de 2020.

Ano passado, 62 dos que tinham direito a reeleição caíram fora.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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