Publicado em 28/06/2017 às 17h48.

Renan deixa liderança do PMDB no Senado: ‘Não nasci para ser marionete’

Calheiros justificou a saída do posto e criticou o presidente Michel Temer, que, segundo ele, não tem "credibilidade para administrar as reformas propostas ao Congresso"

Fernanda Lima
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

O senador Renan Calheiros confirmou a saída do posto de liderança do PMDB no Senado, nesta quarta-feira (28), e utilizou como justificativa para a renúncia o fato de que não “nasceu” para “marionete”.

O peemedebista afirmou, em discurso no Plenário, que, se permanecesse na função, teria que ceder às exigências de um governo que trata a agremiação da qual faz parte como um “departamento” do Poder Executivo.

Calheiros aproveitou para criticar o correligionário, o presidente Michel Temer, que, segundo ele, não tem “credibilidade para administras as reformas propostas ao Congresso Nacional”. “[O governo de Temer] é um governo de improvisação e não se sabe para onde isso está levando o Brasil”, continuou.

O ex-líder da sigla declarou-se, ainda, a favor das reformas trabalhista e previdenciária, mas de modo que não revoguem os direitos dos brasileiros. “Não podemos cruzar os nossos braços. Fazendo de conta que o Congresso não pode mudar uma proposta da Câmara”, pontuou.

Na onda de Calheiros, o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu que a Casa faz com que as pessoas se sintam em uma “república de bananas”.

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