Publicado em 12/11/2018 às 18h40.

Demora para regulamentar Uber beneficia taxistas, diz líder da categoria

"A autora do projeto ouviu a gente e decidiu repensar. Ela reconheceu que não havia escutados os taxistas", disse ao bahia.ba Ademiltom Paim, presidente da Associação Geral dos Taxistas

Rayllanna Lima

 

Foto: Leo Munhoz/Agencia RBS
Foto: Leo Munhoz/Agencia RBS

 

A delonga para a votação do relatório que prevê a regulamentação do Uber e de outros aplicativos de transporte em Salvador, na análise do presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Ademilton Paim, demonstra que a relatora do projeto, vereadora Lorena Brandão (PSC), considerou as ressalvas feitas pelos taxistas durante reunião realizada nesse domingo (11).

De acordo com ele, somente nesse último encontro que a categoria foi ouvida pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJ) da Câmara dos Vereadores de Salvador (CMS).

“Ontem ficamos cerca de quatro horas reunidos. Ela [Lorena] não tinha escutado os taxistas, apenas os motoristas de aplicativos. Depois que nos ouviu, entendeu que o projeto precisa ser avaliado com mais carinho. Passamos o que a gente gasta, nossas responsabilidades. Principalmente que temos 7.200 taxistas e seria desleal concorrer com 30 mil motoristas de aplicativo. Depois da reunião, surgiu o interesse dela de mudar”, disse em entrevista ao bahia.ba.

A vereadora modificou o texto original do Executivo e vetou pontos como a idade máxima de cinco anos para os veículos, limite de 7 mil motoristas cadastros e idade mínima de 21 anos. Segundo ela, “limitar o número de carros para a iniciativa privada fere um fundamento da Constituição“.

Votação

A votação do relatório que seria realizada nesta segunda-feira (12) foi remarcada para quarta (15). Para o presidente da AGT, a votação tende a ser mais uma vez adiada. Assim como ocorreu nesta segunda, a categoria irá novamente se reunir em frente a CMS para aguardar o resultado.

“É véspera de feriado. Pela minha experiência, acho que não terá quórum suficiente e vão acabar empurrando mais. Importante é que passamos a realidade para ela sobre os taxistas e os aplicativos. Terá mais tempo para avaliar o projeto. Tem que ter limites de carros, porque nem a própria prefeitura vai poder fiscalizar. Falamos que se quiserem direitos iguais, iremos desregulamentar os táxis para concorrer com eles”, afirmou Ademilton Paim.

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