Publicado em 11/07/2017 às 19h54.

Senado aprova reforma trabalhista por 50 a 26

Entre os senadores baianos, Otto Alencar (PSD) e Lídice da Mata (PSB) votaram contra e apenas Roberto Muniz (PP) foi favorável ao projeto

Evilasio Junior
Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado

 

Após mais de sete horas em discussão, durante uma sessão tumultuada, com direito a apagão e ameaça de abertura de processo por quebra de decoro, o texto-base da Reforma Trabalhista foi aprovado no Senado Federal na noite desta terça-feira (11), por 50 votos a favor e 26 contra – houve apenas uma abstenção.

Entre os baianos, Otto Alencar (PSD) e Lídice da Mata (PSB) votaram contra e apenas Roberto Muniz (PP) foi favorável ao projeto. “Para mim, houve um paradoxo. Um governo tão frágil, envolto em denúncias de corrupção, se mostrou tão forte no Senado, aprovando um projeto que prejudica tanto os trabalhadores. Mostra que a minoria está com a virtude, enquanto a maioria está ao lado das coisas erradas desse país”, condenou Otto, em contato com o bahia.ba.

A partir de agora, os parlamentares irão votar três destaques que alteram a redação original. Se as sugestões forem rejeitadas, a matéria, que já tinha sido aprovada pela Câmara dos Deputados, seguirá para sanção presidencial.

Enviado pelo governo Michel Temer (PMDB) no ano passado, o polêmico projeto muda trechos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e prevê pontos que poderão ser negociados entre empregadores e empregados.

Entre os pontos que passam a ser negociados estão o parcelamento das férias, a flexibilização da jornada, participação nos lucros e resultados, intervalo de almoço, plano de cargos e salários e banco de horas.

Já itens como FGTS, salário mínimo, 13º salário, seguro-desemprego, benefícios previdenciários e licença-maternidade não poderão ser fruto de acordo.

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