Publicado em 26/07/2017 às 10h24.

Lúcio garante PMDB com Neto em 2018: ‘Está marchando e vai marchar’

Deputado federal fala de reforma política e Temer e explicou que a fala de que o partido não seria “barriga de aluguel”, “não foi contra Chico ou contra Francisco”

Evilasio Junior
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba

 

Apesar da desconfiança do PMDB nacional com o DEM e de ter fechado as portas para o ingresso do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), e do ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB) – pré-candidatos ao Senado em 2018 –, o deputado federal Lúcio Vieira Lima garantiu que o seu partido estará ao lado de ACM Neto na eleição estadual.

“Está marchando e vai marchar. Temos uma sólida aliança. O prefeito sabe da importância do PMDB, sabe do tamanho do PMDB, sabe que foi importante para a sua primeira eleição para prefeito, foi importantíssimo para a sua recondução, e sabe que o PMDB será primordial para que ele chegue ao governo do Estado”, argumentou o parlamentar, em entrevista ao bahia.ba, nesta quarta-feira (26), durante a entrega de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, no Conjunto Residencial Recanto do Luar, em Cajazeira 6.

O cacique peemedebista defendeu ainda que a sua ressalva em entrevista ao site, na semana passada, foi em relação à entrada de quadros interessados apenas em se postular uma vaga na chapa majoritária no próximo ano. Lúcio nega, no entanto, ter mantido contato com Ronaldo após dizer que a sigla não seria “barriga de aluguel”. “Nem antes, nem depois. Considero Zé Ronaldo um amigo querido, amigo pessoal meu, competentíssimo, preparadíssimo, assim como o  ministro Imbassahy. A minha fala não foi contra Chico ou contra Francisco. Foi a favor do PMDB”, argumentou.

Reforma política – Relator da reforma política na Câmara, o deputado assegurou ainda que o projeto vai ser aprovado no Congresso a tempo de valer para o próximo pleito. A expectativa é de que a Casa conclua o processo em agosto.

Segundo ele, os senadores também já garantiram que farão a tramitação rapidamente, a partir de 1º de setembro, para que seja cumprida a regra da anualidade e a nova legislação esteja pronta para entrar em vigor antes do início de outubro.

“Ela [reforma] vai [ser aprovada]. Pode ter algumas pequenas trincas, mas vai, com certeza, porque é imperativo para o país que nós façamos uma reforma política. O Congresso está consciente disso, até porque, se nós não fizermos, com certeza, nós vamos abrir mão novamente do nosso direito de legislar, e o Judiciário vai fazer a reforma política, e isso nós não podemos permitir”, avisou.

Sobre os pontos da regra que irão mudar, Lúcio destaca alterações no modelo de financiamento de campanha e a implantação da cláusula de barreira, que poderá extinguir os chamados partidos nanicos.

“Consenso não tem, mas, quando não se atinge o consenso, vai no voto. É isso que é a democracia. Todo mundo quer a reforma que for melhor para cada um e isso dificulta. Mas nós vamos ter que mexer na questão do financiamento – vai ser aprovado o financiamento público e o financiamento privado –, nós vamos ter que mexer no sistema eleitoral, não dá para ficar como está isso, vai ter uma cláusula de desempenho para os partidos políticos, da mesma forma que vai ter que terminar as coligações”, opinou.

Sobre a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, seu correligionário, o parlamentar baiano aposta no arquivamento. “A denúncia vai ser rejeitada porque os argumentos do Ministério Público são muito frágeis. É uma tentativa de politizar”, apostou.

O pleito que irá decidir se o Legislativo autoriza que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue o mandatário, acusado pela Procuradoria-Geral da República de corrupção passiva, deve acontecer em 2 de agosto. Se for aprovada a permissão, Temer será afastado por 180 dias.

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