Publicado em 15/10/2017 às 07h30.

Funaro instruiu esposa a atender telefonemas de Geddel

Segundo Raquel Pitta, esposa de Funaro, Geddel usou o telefone do filho menor de idade para fazer contato

Alexandre Galvão
Foto: Marcelo Camargo /Agencia Brasil
Foto: Marcelo Camargo /Agencia Brasil

 

O doleiro e operador de propina do PMDB, Lúcio Funaro, afirma em seu acordo de delação premiada que instruiu sua esposa, Raquel Pitta, a atender telefonemas de Geddel Vieira Lima (PMDB). As ligações entre os dois motivaram a primeira prisão do peemdebista baiano, acusado de tentar obstruir a Justiça.

“Ela tinha medo de ser monitorada ou ele isso poder configurar obstrução de Justiça e ela falou: ‘Ah, acho que vou parar de atender ele’. Eu falei: ‘não pare que se não ele vai achar que eu estou fazendo delação’”, relata. No momento desta orientação, o operador já negociava com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os contatos, segundo Funaro, tinham a intenção de monitorar o seu humor. “Ele queria saber o que eu estava fazendo”. As declarações contrastam com as dadas por Geddel no momento da sua primeira prisão. Ao prestar depoimento ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, o ex-ministro disse que fez ligações “sem querer” e que, na verdade, tentava contatar a médica do seu filho.

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