Publicado em 09/05/2018 às 15h10.

‘Brigão’, Carballal diz que armar agente de trânsito não resolve violência

Líder do governo na Câmara explicou projeto retirado de pauta; texto prevê uso de armas não letais por profissionais da Transalvador

Rodrigo Aguiar
Foto: Felipe Iruatã / bahia.ba
Foto: Felipe Iruatã / bahia.ba

 

Líder do governo na Câmara de Salvador, o vereador Henrique Carballal (PV) explicou o motivo da retirada de pauta do projeto que autorizava o uso de armas não letais por agentes de trânsito.

A categoria tem se mobilizado nos últimos dias para ver aprovada a matéria, com a alegação de que os agentes têm sido vítima de violência. Segundo a Associação dos Servidores de Transporte e Trânsito do Município (Astram), 15 ataques contra profissionais do segmento foram registrados em 2018.

Na última segunda-feira (7), os agentes fizeram uma carreata e protestaram em frente à Câmara. Com a decisão do Colégio de Líderes da Casa, nesta terça (8), de não apreciar o texto em plenário, representantes da categoria realizaram uma assembleia nesta quarta (9) no pátio da Transalvador.

Caso a matéria fosse aprovada, os profissionais da Transalvador poderiam usar armas de choque, cassetetes, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Em entrevista à TV Câmara, Carballal lembrou de muitos casos de abuso de autoridade e até mesmo agressões cometidas por agentes de trânsito e afirmou que não cabe à categoria qualquer ação repressiva.

“O agente de trânsito é, no fundo, um educador. A solução não é o acirramento. Por isso, entendemos que este projeto não deve vir à pauta”, pontuou.

Protagonista de duas brigas na Câmara há quase dois anos, Carballal usou um dos episódios nos quais esteve envolvido para fazer uma analogia.

“Vários manifestantes estavam me xingando. Eu recebi uma cusparada e nem por isso acho que os vereadores têm que andar armados”, comparou.

Na ocasião, Carballal revidou o suposto cuspe com um soco. Um dia depois, durante votação do Plano Municipal de Educação, o vereador se envolveu em uma pancadaria no plenário.

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