PT quer que candidatos se responsabilizem pela próprias campanhas
Em reunião nesta terça-feira, partido decidiu incluir cláusula de responsabilidade 'na carta compromisso' dos candidatos e evitar , se eximindo de envolvimento na captação de recursos

Com dois de seus tesoureiros presos sob suspeita de corrupção, o PT vai implementar, a partir das eleições de 2016, uma norma para que todos os seus candidatos se responsabilizem por suas contas de campanha. Dessa forma, o partido quer evitar ser responsabilizado por supostos deslizes.
Em reunião da executiva nacional do PT, nesta terça-feira (26) em Brasília, ficou definido que uma cláusula de responsabilidade será incluída “na carta compromisso” dos candidatos para que eles se responsabilizem pelas contas.
“Não é desconfiança de ninguém mas, como muitas vezes há um erro, um deslize, e não queremos que haja nenhuma responsabilização do partido”, afirmou o presidente do PT, Rui Falcão.
Segundo o dirigente petista, o partido pretende “fiscalizar bastante” para evitar que o financiamento empresarial continue.
Após a série de investigações que levou à prisão dois dos tesoureiros do PT – Delúbio Soares, pelo mensalão, e João Vaccari Neto, pelo esquema de corrupção na Petrobras -, o partido vetou o recebimento de doações empresariais e tem tido dificuldades de arrecadar recursos, inclusive, para pagar dívidas contraídas durante a campanha de 2014.
“As campanhas agora vão exigir muita criatividade, ampla participação da militância, da sociedade e dos movimentos sociais. Não haverá campanha nos moldes anteriores”, explica Falcão.
Ainda de acordo com o presidente do PT, será preciso insistir no debate da reforma política – e os candidatos da legenda levantarão, segundo ele, essa bandeira durante as eleições – para que haja mudanças no sistema eleitoral, principalmente sobre financiamento.
Economia – Mesmo após a troca de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda, medida defendida abertamente pelo PT e elogiada por Falcão nesta terça, o presidente do partido diz que ainda é preciso “abrir uma nova etapa na discussão da política econômica” do governo da presidente Dilma Rousseff.
“Nelson Barbosa deu perspectivas de mudança e houve medidas positivas na economia neste início de ano”, disse Falcão citando a elevação do salário mínimo e do piso da Previdência acima da inflação, além da mudança do indexador das dívidas de estados e municípios com a União.
Mas, segundo ele, é preciso adotar medidas de retomada do crescimento econômico “com ênfase na geração de emprego, investimentos em infraestrutura e combate à inflação”.
Falcão reconhece que dificilmente algumas dessas medidas sejam hoje aprovadas pelo Congresso e que, por isso, muitas vezes “nem adianta” pedir que o governo paute os temas no Legislativo.
“Mas temos que continuar empunhando essas bandeiras para que nada seja feito de baixo para cima”, declarou o presidente petista ao citar a reforma tributária, a revisão da tabela do Imposto de Renda, entre outras medidas que têm sido defendidas pelo partido.
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