Publicado em 08/04/2019 às 12h00.

Neto diz apoiar João Roma como líder do governo na Câmara, mas nega indicação

“Não me prestaria nem me prestarei a esse papel”, afirmou o prefeito

Alexandre Santos
Luiz Felipe Fernandez/bahia.ba
Foto: Luiz Felipe Fernandez/bahia.ba

 

O presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, voltou a afirmar que o partido não indicará nomes para fazer partie da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira (8) após ele ser questionado sobre a possibilidade de o deputado federal e aliado João Roma (PRB) assumir a liderança do governo na Câmara. O ex-chefe de Gabinete de ACM Neto diz estar sendo sondado por parlamentares bolsonaristas.

“Primeiro, João é uma pessoa qualificadíssima. Demonstrou sua competência ao longo de cinco anos como meu chefe de gabinete. Depois, como deputado federal, em poucos meses já se destaca como um dos melhores deputados, os mais articulados do Brasil. Eu não tenho dúvida que é um quadro qualificadíssimo. Agora, é óbvio que qualquer posição em governo não nos cabe tratar sobre isso. Só quem pode tratar sobre isso é o presidente da República e o sue próprio governo”, disse ACM Neto em entrevista coletiva no Hospital Municipal de Salvador, no bairro de Boca da Mata.

“Vocês sabem que, desde o princípio, eu adotei uma linha que, aliás, foi reafirmada ao presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira, de que eu não participarei da indicação de cargos nem de funções para o governo. Caso o governo venha escolhê-lo ou a qualquer outra pessoa da Bahia, será por uma escolha do governo, e não por qualquer tipo de articulação com a minha participação. Mas não podemos deixar de reforçar a qualidade técnica e política de João Roma”, afirmou o prefeito.

Reunião com Bolsonaro

Sobre a reunião da qual participou na última quinta (4) com Bolsonaro, ACM Neto avaliou ter sido o primeiro passo na tentativa de se construir uma nova relação com o governo.

“Espero que seja uma relação de diálogo permanente. Uma relação em que as duas partes possam construir uma agenda pro país, sobretudo a agenda das reformas. Eu penso que os desejos são convergentes. O que a gente precisa agora é efetivamente esperar o tempo passar e ver se o governo está disposto a manter esse diálogo constante”, disse

“Eu entendo que havia uma discussão no país que estava com o foco desviado. Essa discussão girava em torno de “ah, será que os partidos estão querendo negociar espaços, cargos, favores?”. E eu disse, desde o ano passado, logo depois da eleição, que eu não me prestaria a esse papel. Não me prestaria nem me prestarei a esse papel”, ressaltou o democrata.

“Agora… quer discutir o futuro do Brasil? Que tratar quais são os melhores meios pra gente destravar a economia? Pra gente enfrentar o problema de 12,5 milhões de desempregados nesse país? Aí nos convide. Queremos participar disso. Queremos contribuir pra isso. Só que essa tem que ser uma decisão do governo. Houve um gesto importante na semana passada”, declarou o prefeito soteropolitano.

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