Publicado em 08/05/2019 às 12h45.

Marão vai para os EUA, não passa o cargo e deixa Ilhéus sem prefeito

Conclusão: Jorge Amado está fazendo falta por lá

Levi Vasconcelos
Foto: ascom/prefeitura de Ilhéus
Foto: ascom/prefeitura de Ilhéus

 

Protagonista de uma administração que oscila entre o lamentável e o lastimável, o prefeito de Ilhéus, Mario Alexandre (PSD), o Marão, volta ao palco principal da cena política pela porta dos fundos: viajou para os EUA a convite do Banco Mundial sem passar o cargo ao vice, José Nazal (Rede).

Conta Nazal que embora os dois estejam politicamente rompidos, se falam. Sábado à noite Marão ligou, e os dois se encontraram:

— Conversamos mais de duas horas. Ele me disse que domingo faria a transmissão. Domingo me ligou dizendo que iria receber Fernando Gomes (prefeito de Itabuna) e depois me falaria. Dez da noite me mandou um zap dizendo que não teve tempo, viajou e não mais deu satisfações.

Com o secretário

Ontem Nazal mandou publicar no Diário Oficial do município que estava prefeito. O secretário de administração, Bento Lima Neto, se recusou a publicar. Nazal comunicou ao presidente da Câmara, César Porto (PDT), que disse reconhecer ele como prefeito. Mas o fato é que ontem Ilhéus ficou sem prefeito.

Quem está dando as cartas na cidade é o dito secretário.

O pano de fundo da questão é a reintegração de 266 demitidos por uma ordem judicial, que, apesar de decisões da desembargadora Sílvia Zarif ordenando a reintegração, e do presidente do TJ, Gesivaldo Brito, anulando a decisão da primeira instância, mas Marão resiste.

Conclusão: Jorge Amado está fazendo falta por lá.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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