Publicado em 22/02/2016 às 17h55.

‘Continua sendo de confiança’, diz Gabrielli sobre ex-assessor

Ex-presidente da Petrobras disse que "nunca ouviu falar de nenhum problema" com Armando TrÍpodi, levado pela Polícia Federal para depor na 23ª fase da Lava Jato

Rodrigo Aguiar
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba

 

O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli afirmou que o seu ex-chefe de gabinete Armando Trípodi, levado nesta segunda-feira (22) pela Polícia Federal para prestar depoimento, na 23ª fase da Operação Lava Jato, é uma pessoa de sua confiança. “Era e continua sendo”, disse Gabrielli ao bahia.ba, ao classificar o trabalho do ex-assessor como “de muito boa qualidade”. “Nunca ouvi falar de nenhum problema com ele”, declarou o petista.

Em entrevista coletiva na sede da PF em Curitiba, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou mais cedo que Trípodi é suspeito de receber dinheiro irregular de offshores (empresas em paraísos fiscais) ligadas à Odebrecht na reforma de um apartamento.

Ainda perguntado sobre a sua relação profissional com o antigo assessor, Gabrielli reagiu: “Se eu fosse tucano, você não estaria fazendo essa pergunta para mim”. Em seguida, acusou a Polícia Federal e o Judiciário de partidarizarem as investigações da Lava Jato. “Claro que há. Só se investiga quem é do PT, quem tem alguma relação com o PT. As outras acusações passam em branco”, criticou.

O ex-presidente da petrolífera disse ainda ter indicado Trípodi para o cargo, mas afirmou que ele era “petroleiro de 40 anos”. Questionado se acompanhou o noticiário relativo ao pedido de prisão para o marqueteiro do PT João Santana – figura central da 23ª fase da Lava Jato – Gabrielli disse que estava “literalmente chegando em Brasília” e que, pela manhã, estava “cuidando” da mãe. Em nota, a Petrobras informou o afastamento de Trípodi e disse que instaurou uma comissão interna para apurar o caso.

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